O Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou nesta quarta-feira, 22, que elevou a taxa Selic para 6,25% ao ano. Essa é a quinta vez no ano que a taxa sofre um aumento.
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Com isso, a taxa que era de 5,25% teve uma alta de um ponto percentual. É importante ressaltar que esse novo valor da Selic já era esperado por especialistas, principalmente por conta do aumento da inflação nos últimos meses.
As próprias instituições financeiras já esperavam que o aumento chegasse a 6,25%.
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Vale ressaltar que, em agosto deste ano, o Copom também elevou a taxa em um ponto percentual. Dessa forma, o Conselho vem cumprindo o plano que tem sido estabelecido nas reuniões anteriores.
Copom explica que o aumento da taxa Selic é para segurar a inflação
Se você ainda não está entendendo o motivo de tantas altas seguidas da Selic, o próprio Conselho justificou o que tem motivado a equipe econômica do Banco Central (BC) a realizar esses reajustes.
“Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance no território contracionista. O Copom diz que vai avançar para contrair a economia para segurar a inflação.”
Vale ressaltar ainda que a decisão da autoridade monetária foi unânime, e praticamente em linha com todo o mercado. Como já foi dito acima, as próprias instituições financeiras já apostavam no valor de 6,25% ao ano.
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Além disso, o Copom já divulgou que para a próxima reunião já existe uma expectativa de alta da mesma magnitude da taxa Selic. Sendo assim, já se pode afirmar que a Selic chegará a 7,25% ao ano. A próxima reunião acontecerá daqui a seis semanas.
E o Conselho também já sinalizou que poderá mudar o ritmo dos aumentos para garantir que a meta da inflação seja cumprida.
“Passos futuros dependerão de atividade, balanço de riscos e projeções para inflação. O ritmo de ajuste atual é o mais adequado para convergência de inflação à meta. Não há mudança relevante em cenário de recuperação robusta no 2º semestre”, acrescenta o comitê.
Principal motivo do aumento da Selic é por conta do combustível e alimentos
Se você acha que não é influenciado pela taxa Selic, está muito enganado. Até porque o próprio Comitê do BC mencionou que a pressão inflacionária é um dos principais motivos da elevação da taxa.
“Persistem pressões sobre alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica. Pressões refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas.”
O comunicado divulgado pelo Copom explicou que os preços dos serviços fizeram crescer as taxas nos últimos meses. O que já era esperado pelo mercado.
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E mais: um relatório da XP Investimento já está projetando que a taxa Selic chegue até 8,50% ao ano ainda em 2021. Se isso acontecer, serão dois pontos percentuais acima do patamar que os especialistas consideram neutro, o de 6,5%.
Entenda o que é a taxa Selic
Se você ainda fica confuso quando escuta o termo taxa Selic, fique tranquilo porque o FinanceOne vai te explicar!
Para quem não sabe, Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia e, ela é um programa onde instituições financeiras do Brasil compram e vendem títulos do Tesouro Nacional.
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Por esse motivo, a taxa é utilizada como referência para as demais taxas de juros da economia. Além de ser uma forma do Banco Central controlar a inflação do país, que no momento está estimada em 8,35% até o final do ano.
Até porque no acumulado de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registra 8,99%. Já superando o teto da meta estipulado pelo governo, de 5,25%.
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