
Ano novo, novos desafios, com uma preocupação permanente e decisiva: a inovação.
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A busca pelo avanço tecnológico já devia ser uma preocupação contínua de todo empreendedor, mais ainda para as micro e pequenas empresas.
A crise provocada pela pandemia fez com que as pequenas empresas tivessem de acelerar as mudanças em sua rotina, até para garantirem a sua sobrevivência.
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E quem conseguiu virar essa chave rapidamente, ou seja, inovar, alcançou bons resultados. É o que mostra a pesquisa do Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo esse levantamento, um em cada quatro donos de pequenos negócios implementou algum tipo de inovação desde o início da crise.
E quem fez esta aposta teve melhores resultados. Quem inovou teve uma perda de receita durante a crise de 32%, enquanto as empresas que não inovaram perderam mais 39%.
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A dura realidade também apontou diretrizes para os pequenos negócios.
O desafio da digitalização no processo de inovação das empresas
Ficou constatado que a digitalização dos serviços está entre os principais desafios dos micros e pequenos empresários.
Consolidar presença nas redes sociais também passou a ser fator considerado vital para que os negócios ganhem visibilidade e, consequentemente, aumentem o faturamento.
Porém, quando se fala em inovação, não pode ser uma atitude aleatória. É preciso estar atento às movimentações do mercado. Só assim é possível promover mudanças de maneira assertiva, com maiores chances de bons resultados. É importante entender o comportamento dos clientes, para aí sim, oferecer uma solução compatível com as necessidades imediatas deles.
Oferecer boas experiências também conta muito, especialmente para os pequenos negócios. Estima-se que quase 40% dos clientes voltam a fazer negócio em um intervalo de um mês.
Talvez a inovação mais óbvia que ocorreu neste período de pandemia foi a digitalização dos negócios. Se havia alguma resistência, principalmente entre as lojas físicas tradicionais, de bairro, ela acabou. Vendas pelas redes sociais, pelos aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, ganharam força e ao que tudo indica vieram para ficar em um nível bem mais elevado do que anteriormente.
On-line x Off-line: como se relacionar com o cliente?
Para que tudo funcione bem, a estratégia precisa estar casada com uma boa logística. Só assim a experiência do cliente fica completa. Um dos maiores pontos de insatisfação de quem compra on-line é justamente o atraso na entrega. É um ponto que não deve falhar.
Quando se pensa em uma estratégia de digitalização, vale lembrar que é preciso planejamento, para que ela não seja feita de forma aleatória. Por isso, é importante observar o comportamento dos clientes para fazer uma aposta certeira.
Com a digitalização, o relacionamento também precisa ser intensificado. E essa é justamente uma oportunidade que os meios digitais oferecem, o de se aproximar dos clientes. No meio digital, a comunicação precisa ser rápida e o mais transparente possível.
Se o cliente apresenta uma dúvida, ela precisa ser tirada rapidamente. Muitas vezes a dúvida surge justamente no instante antes da compra. Ou seja, se a resposta demorar, pode ser que ele acabe indo visitar a loja do seu concorrente.

Inovação no marketing
É preciso inovar também no marketing, ainda mais em novo período de incertezas, também pode ajudar a sua empresa a se consolidar no mercado. Promover mudanças ligadas ao produto ou serviço oferecido pela empresa pode colocar seu negócio em vantagem em relação à concorrência.
Aí valem mudanças no design do produto, um reposicionamento no mercado, uma comunicação mais próxima do cliente e também uma segmentação que faça com que você possa oferecer o que a pessoa esteja procurando.
Outro caminho obrigatório é a automatização dos processos, com a observação de mecanismos de controle, que vai ajudar a efetuar as medições e fazer as correções necessárias sem que seja necessária uma equipe designada para isso.
A partir daí, o pessoal pode ficar disponível para um atendimento especializado, proporcionando uma melhor experiência ao cliente.
Por exemplo, em alguns restaurantes, já é possível fazer o pedido de maneira eletrônica, mesmo dentro do próprio salão. Desse modo, o garçom fica à disposição para tirar dúvidas do cliente e proporcionar um atendimento mais personalizado.
Ao perceber os tipos de inovação existentes, o empreendedor vai identificar em qual frente você ou sua equipe vão poder atuar para implementar as transformações necessárias para o seu empreendimento. Vale lembrar que a inovação não é um fim. Se você inovou desde o início da pandemia, observe que 2023 será um ano com novos e grandes desafios. As previsões são de recuperação nos negócios, mas ainda com muitas e novas barreiras a serem superadas. A começar, pela recuperação das perdas.
As inovações, trazem vantagem competitiva em relação à concorrência do seu segmento de negócios e possibilita o desenvolvimento, a evolução, e o crescimento das vendas de maneira consistente.
As soluções apresentadas acima não são respostas universais para as dificuldades. Antes de tentar colocar algum desses pontos em prática é preciso ter em mente quais são as prioridades do seu negócio.
É preciso ressaltar que as micros e pequenas empresas também são as que enfrentam a maior dificuldade, por falta de recursos, em comparação às grandes empresas, para superar esse desafio vital, que é perseguir, sempre, a inovação.
Open innovation
Por isso também apostamos na chamada inovação aberta, a open innovation.
Podemos resumir a definição sobre “inovação aberta” como uma forma de gerar inovações além das estruturas internas de uma empresa, se utilizando de estruturas e conhecimentos externos, traduzidos por um ecossistema em torno das empresas. Quanto mais avançado este ecossistema, maior e melhores inovações acontecerão.
Nós, do Sebrae, procuramos estimular, promover, um diálogo entre empresas, de modo a gerar conexões colaborativas e garantir mais novidades para o setor.
Um próspero ano novo, com paz e saúde.
E com muitos negócios.
Conheça Antonio Alvarenga, colunista do FinanceOne
Antonio Alvarenga é diretor-superintendente do Sebrae Rio desde 2019 e possui vasta experiência no mercado. O colunista do FinanceOne traz, mensalmente, informações importantes sobre empreendedorismo. Fique de olho!
Antonio é administrador pela UFRJ, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura – SNA e vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Também é membro do Conselho Superior de Agronegócios da FIESP e da Academia Nacional de Agricultura e integrante do Conselho do Agro, instituição que reúne as 15 principais lideranças do agronegócio brasileiro.
Foi Diretor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais; Diretor Executivo e sócio do Ibmec Educacional. Confira outros artigos de Antonio Alvarenga, colunista do FinanceOne: