Mais de 5 milhões de brasileiros caíram em golpes no WhatsApp em 2020, revela um levantamento feito por um laboratório de segurança digital da PSafe. A novidade dos estelionatários neste ano é o golpe do novo número que tem feito vítimas em todo o país.
Anúncios
Funciona assim: o golpista cria um perfil no aplicativo de mensagens com fotos roubadas das redes sociais. Depois começa uma conversa com um amigo ou parente da pessoa que está na foto que ele escolheu fingir ser. Geralmente informações reais são dadas para validar ainda mais o golpe.
Esses dados não são apenas RG e CPF, por exemplo, que seriam estranhos de serem mencionados em uma conversa. Algumas das mais comuns são: nome dos pais, nome do meio de si ou do parente contatado, entre várias outras informações que consolidam a história.
Anúncios
Em seguida, ele diz que trocou de número e pede que guarde o novo e apague o velho. Depois, na sequência, começa a pedir dinheiro e cria desculpas para justificar as transferências.
+ 5 dicas para evitar golpes com empréstimo pela internet
Como os golpistas conseguem seus dados?
Os estelionatários que aplicam o golpe do novo número possuem informações de milhões de brasileiros que foram vazadas na dark web. Principalmente, depois de janeiro deste ano, quando foi identificado um dos maiores vazamentos de dados pessoais do país.
Anúncios
Na ocasião, estima-se que os dados de 325 milhões de brasileiros, incluindo informações de pessoas falecidas. Desde então, especialistas apontam o risco sobre a possibilidade do uso indevido de nomes e dados para prática de estelionato.
Com os dados em mãos, os golpistas começam a fazer testes. São disparadas várias mensagens, para muitos contatos e alguns são bem sucedidos.
+ 6 golpes financeiros no WhatsApp. Saiba como se proteger!
Como evitar cair no golpe do novo número?
O consumidor pode se prevenir do golpe do novo número adotando cuidados como maior proteção de senhas. Além de evitar informar dados pessoais em e-mail ou sites desconhecidos ou em ligações, mantendo ainda programas e antivírus atualizados.
Existe uma ferramenta gratuita de consulta de seus dados bancários. Basta consultar o sistema Registrato, do Banco Central, que permite monitorar quais contas correntes e quantos empréstimos estão vinculados ao seu CPF.
+ Conheça o ‘golpe da vacina’ que pode clonar cartões
É possível fazer o cadastro pelo aplicativo da instituição no celular e também via internet. Para fazer a consulta ao Registrato, basta acessar o site do BC e seguir o passo a passo.
Outra ferramenta interessante para descobrir se você teve senhas vazadas é o site Minha Senha. Nele, você poderá consultar se alguma senha vinculada aos seus endereços de e-mail foi exposta.
Depois de fazer a busca, o site enviará uma mensagem para seu endereço pessoal com a informação de qual senha foi vazada e onde ela está disponível para criminosos.
Outros protocolos de segurança
Primeiramente, quando alguém conhecido não aparece como salvo: desconfie. Quando o usuário troca de número, o WhatsApp já usa um recurso informando que é o mesmo contato, mas que fez a troca. Isso é bastante comum e já é amplamente utilizado pelo mensageiro.
Segundo: preste atenção no modo que está digitando, ou solicite áudios. É comum que erros ortográficos sejam cometidos em conversas informais, mas se estiverem muito repetidos, é um sinal para se prestar atenção.
Também invente uma desculpa para fazer uma chamada de vídeo, ou mesmo de voz.
Uma outra dica é ver o DDD do contato. É comum que os números não fiquem salvos, principalmente de contatos que há pouca conversa. Ainda assim, o número será de alguma localidade.
Faça uma breve pesquisa para saber qual é o DDD da cidade que ela mora, caso seja diferente da sua. Se o contato tiver uma localidade diferente da que é real, desconfie. Assim, as chances de cair no golpe do novo número caem bastante.
Gostou deste conteúdo? Então compartilhe com amigos e familiares para que eles não caiam no golpe do novo número!