
Economia em baixa, real desvalorizado, aumento na taxa de desemprego, da pobreza e mais de 500 mil mortos durante a pandemia da Covid-19. Quais os melhores investimentos para julho de 2021 com este cenário que o Brasil se encontra atualmente?
Na política, a CPI da Covid ganha novos capítulos. Principalmente com o aumento a tensão entre os poderes, com o depoimento dos irmãos Miranda, que denunciaram suposto esquema de corrupção na compra da Covaxin.
O governo federal também apresentou a proposta para Reforma Tributária pelo Executivo.
Já na econmia, tivemos divulgação de dados de inflação, com o IPCA-15 de junho, e discussões acerca de câmbio e política monetária, muito em decorrência da divulgação da ata do Copom que adotou um tom mais firme para perseguir a meta de inflação.
O mercado discute se o atual ciclo de aperto vai levar a Selic para além do nível considerado neutro (estimado em 6,5%).
Professor da FGV explica os melhores investimentos com este cenário
Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em gestão financeira da Faculdade Getulio Vargas (FGV), esclarece quais os melhores investimentos para julho de 2021. Ele usa com base o cenário econômico/político brasileiro.
Contudo, o especialista lembra que é considerar a existência de perfis diferentes de investidores. Teixeira ressalta também que para iniciar uma aplicação, primeiro passo é definir as metas, considerando desejos e separando o que é de curto, médio e longo prazo.
Para quem deseja aopostar na renda fixa, o professor da FGV pondera que embora a Selic esteja em alta, ainda não é melhor momento para trocar a estratégia de investimentos.
“Essa mudança ou aposta só vai valer quando o índice estiver acima dos 7%. Portanto, o melhor caminho é continuar apostando na renda variável, principalmente para diversificar a sua carteira de investimentos”, orienta Ricardo Teixeira.
Contudo, o especialista sustenta que os títulos do Tesouro Selic continuam sendo uma boa alternativa com alta liquidez para a reserva de emergência e também uma aposta de crescimento contínuo da taxa nos próximos anos.
Outras alternativas na renda fixa apontadas por Teixeira para compor a parte conservadora do seu portfólio são os fundos DI, CDB, LCI e LCA.

E onde aplicar na renda variável?
Investir na bolsa de valores é o ideal para quem pretende buscar os melhores investimentos na renda variável. “Principalmente se você tem perfil mais agressivo e quer maximizar os retornos, com um pouco de estudo essa pode ser uma boa opção”, destaca Ricardo Teixeira.
Nesse sentido, as ações na Bolsa de Valores e os fundos imobiliários são boas escolhas:
- ações – são pequenos pedaços de empresas, algumas custam menos de R$ 10 e você pode ganhar na valorização do papel no mercado ou por meio de dividendos;
- fundos imobiliários (FIIs) – são fundos de investimento que investem no mercado imobiliário, proporcionando rendimentos, geralmente, mensais para os seus cotistas.
Teixeira, no entanto, lembra que as ações de boas empresas tendem a dar um bom retorno no médio e longo prazo. Ou seja, premiando aqueles que souberam escolher bem e são pacientes para aguentar as oscilações diárias do mercado.
“Já os FIIs oscilam menos e custam mais tempo a valorizar, mas são bastante interessantes para quem quer receber renda passiva desde já, seja para complementar sua renda ou para reinvestir”, pondera o professor da FGV.
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