Na hora do aperto muitas pessoas recorrem ao cheque especial para lidar com as contas do dia a dia. Mas, algumas dúvidas acerca dessa modalidade de crédito são recorrentes, como: qual é o prazo para pagar o cheque especial? Quais são os juros envolvidos?
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É importante ressaltar que o cheque especial cobra juros altos e nem sempre é a melhor alternativa para quem precisa de uma graninha a mais no fim do mês.
Para ajudar a esclarecer todas as dúvidas sobre o cheque especial, FinanceOne preparou um artigo com todos os detalhes. Confira!
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O que é e como funciona o cheque especial?
Conforme já mencionado, o cheque especial é uma modalidade de crédito, que funciona como uma espécie de empréstimo pré-aprovado. Ou seja, você tem um valor disponível para usar, caso não tenha mais saldo em conta.
Por exemplo, você tem R$50 reais de saldo e R$200 de cheque especial. Esses R$50 reais são seus e os R$200 do banco, que estão ali disponíveis para empréstimo imediato caso você precise.
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No entanto, ao devolver o dinheiro, você precisa pagar juros, que podem ser altos. O processo funciona de maneira automática. Quando algum dinheiro entrar na conta, o valor do empréstimo mais os juros será descontado.
Assim, o prazo para pagamento do cheque especial vai depender da quantidade de tempo que vai demorar para algum dinheiro entrar na sua conta.Os juros cobrados podem variar de 8% a 15% ao mês, dependendo do seu banco.
Por que o cheque especial tem juros altos?
O cheque especial é um empréstimo cedido pelo banco sem nenhuma garantia, ainda que em quantias menores. Por isso, o valor dos juros é mais elevado.
Por ser tão prático de usar, muitas pessoas acabam entendendo o cheque especial como uma extensão da conta corrente. Porém, a prática é prejudicial para as finanças, justamente pelo alto valor dos juros cobrados.
De acordo com uma análise do Banco Central, a cobrança de juros no empréstimo consignado fica em uma média de 42,8% ao ano, enquanto no cheque especial o percentual é de 327% ao ano.
Como calcular os juros?
Se você já utiliza o cheque especial e quer saber como calcular os juros cobrados, precisa ter em mãos dados como: o valor utilizado; a quantidade de dias que a conta ficou no negativo; e o valor da taxa de juros ao mês cobrada pelo seu banco.
A partir daí, basta multiplicar o valor pelo número de dias e o resultado pelo valor da taxa de juros. Depois, basta dividir o resultado final por 30, que equivale a quantidade de dias do mês.
Ficou confuso? Vamos a um exemplo:
Você pegou R$100 no cheque especial e, com isso, sua conta vai ficar no negativo por 10 dias. A taxa de juros cobrada no seu banco é de 9%. Então, o cálculo seria:
100 x 11 = 1100 x 0,09 (9%) = 99 ÷ 30 = 3,3
Ou seja, você vai pagar R$3,3 de juros por usar R$100 de cheque especial por 10 dias.
Esse valor é apenas uma estimativa, pois pode haver a cobrança de outras taxas ou impostos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ou, ainda, juros compostos.
Mas, a maioria dos bancos disponibiliza uma calculadora de juros do cheque especial, que pode indicar o valor a ser pago com mais precisão.
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Qual o prazo para pagar o cheque especial
No geral, os bancos não costumam cobrar juros para pagamentos de empréstimos pelo cheque especial em um prazo de até 10 dias. Após esse período, os juros começam a correr normalmente.
Por isso, para usar o cheque especial sem se enrolar com as finanças é preciso planejamento. O ideal, é ficar o mínimo de dias possíveis devendo ao banco para não pagar juros ou pagar um valor mais baixo.
Quem não fizer o pagamento do empréstimo pode ficar com o nome sujo e impedido de solicitar crédito em outras instituições. Além disso, os juros continuam sendo cobrados, tornando o valor da dívida muito alto.
Vale a pena usar o cheque especial?
Se você já calculou que vai ficar poucos dias devendo ao banco e que os juros não são tão altos, pode ser válido usar o cheque especial para uma emergência. No entanto, esta não é uma boa opção para usar de maneira recorrente.
No entanto, é preciso tomar cuidado para não contar com esse limite de crédito para suas despesas. A melhor opção é fazer um bom controle financeiro e construir uma reserva de emergência para não ter que recorrer ao banco num momento de necessidade.
Se você já está no cheque especial, o ideal é calcular o prazo para o pagamento da dívida o mais rápido possível e não fazer novos empréstimos.
Também é importante avaliar se há a possibilidade de pagar todo o limite devido de uma só vez, para parar de acumular juros. Outra opção é conversar com o gerente do banco para parcelar a dívida.
Neste último caso, os juros congelam, permitindo o pagamento de uma parcela fixa por mês. Mas, o banco pode cobrar mais juros em cima do valor devido, como uma forma de compensação.
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