
Desde julho, os donos das micro e pequenas empresas podem ir ao banco que desejam solicitar a linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
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Para quem não sabe, o Pronampe, que foi criado em 2020, é uma medida de socorro para micro e pequenos empresários afetados pela crise econômica desencadeada pela pandemia. Com ele, as pequenas empresas podem se beneficiar do crédito para driblar a crise.
O Governo Federal prevê que vai garantir. ao menos, R$50 bilhões em crédito para as micro e pequenas empresas com o Pronamp. Vale ressaltar ainda que a nova rodada do programa vai incluir os microempreendedores, que são aproximadamente 13 milhões de pessoas.
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Isso somado às mais de 5,5 milhões de micro e pequenas empresas, a nova fase do Pronampe tem o potencial de atender mais de 20 milhões de empresas e microempreendedores, que representam 98% das empresas do país.
Governo amplia prazos para quitar linhas de crédito
A boa notícia para quem solicitar o Pronampe é: o governo federal ampliou para 6 anos o prazo para as quitar linhas de crédito. As mudanças constam na Medida Provisória 1.139, de 27 de outubro de 2022.
Ou seja, o prazo das linhas de crédito passou para 72 meses. Antes era de 48 meses, sendo admitida uma prorrogação por até 12 meses.
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Contudo, vale lembrar que a taxa de juros anual máxima será igual à taxa Selic acrescida de 6% ao ano.
Como solicitar o empréstimo do Pronampe?
A resposta para a primeira pergunta é simples. Para pedir o acesso ao crédito, será preciso compartilhar os dados do faturamento da empresa com o banco.
Entretanto, vale frisar que esse compartilhamento de informações será feito de forma digital, pelo portal do e-CAC que está disponível no site da Receita. Você deverá clicar em autorizar o compartilhamento de dados.
Ao finalizar o processo, você já estará apto a negociar com o banco que possui convênio. O empresário deve procurar saber se a sua instituição financeira possui convênio.
O Pronampe já foi confirmado em grandes bancos como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal, entre outros.
Sendo confirmado, é só levar a documentação solicitada até a agência. Também pode ser possível realizar o pedido por meio da plataforma virtual da instituição.
O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte inicialmente seria uma medida temporária. Porém, passou a ser uma política de crédito oficial no início de junho do ano passado.

Ou seja, agora os microempreendedores poderão se valer permanentemente desse recurso. O objetivo é conceder empréstimo para as pequenas empresas com taxas de juros baixas, mais competitivas.
Quem pode solicitar o Pronampe e qual o limite do valor?
Antes de solicitar o empréstimo, é importante destacar que essa linha de crédito é destinada exclusivamente a microempresas e empresas de pequeno porte.
Ou seja, aquelas que obedecem o limite de receita bruta estabelecido pela Lei nº 123/2006, de acordo com o tipo de empresa. Confira:
- Micro: até R$360.000,00
- Pequena: até R$360.000,00
Mas atenção, há um valor máximo de financiamento: até 30% da receita bruta anual da microempresa ou empresa de pequeno porte.
Esse valor deve ser calculado com base na receita bruta anual no exercício de 2019 ou 2020, o que for maior.
No caso das empresas que tenham menos de um ano de funcionamento, o limite do empréstimo corresponderá até 50% do seu capital social ou até 30% da média de seu faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades (o que for mais vantajoso).
Cada empréstimo tem a garantia, pela União, de até 85% dos recursos. E a empresa que optar pelo financiamento precisa manter o número de empregados por até 60 dias após o pagamento da última parcela.
Como é feito o pagamento e quais são as restrições?
O dinheiro do crédito do Pronampe 2021 só pode ser usado em investimentos e capital de giro isolado. Ou seja, o empreendedor não pode usar esses recursos para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios do negócio.
Ele pode, por exemplo, comprar equipamentos, realizar reformas, bem como fazer outros tipos de investimento e até pagar despesas operacionais, como o salário dos funcionários e contas de água e luz.
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*Colaboração: Juliana Favorito