Classe média pode pagar até 36% mais IR; veja como reduzir valor

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Celular com a tela do Aplicativo
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Na última semana, chegaram aos jornais a notícia de que há mudanças sobre uma possível mudança para o IR 2022. De acordo com as principais matérias, as pessoas que recebem até R$2.500 ficarão isentas de prestar contas ao Fisco.

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Em teoria, 50% das pessoas que hoje pagam imposto não pagariam mais. São o que garante dados da própria Receita Federal. Mas, a mudança se propõe a receber o imposto através de outros ganhos, como a tributação de lucros e dividendos e o IRPJ.

Por outro lado, o que beneficia um grupo, dá desvantagem para outro: a classe média.

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Isso porque, quem recebe hoje por volta de R$7 mil passará a pagar 36% a mais de valor de Imposto de Renda. Afinal, as pessoas com essa faixa de preço mensal passarão para a alíquota de 27,5% e passarão a ser taxados de outras maneiras.

Além disso, essas pessoas não poderão mais ter acesso ao Desconto Simplificado, já que, agora, ele se limita ao valor de R$40 mil anual.

Segundo o relator da proposta, Celso Salbino (PSDB-PA), essa é “uma medida de justiça fiscal com os mais pobres”. Então, confira agora e veja as possibilidades para a redução de IR em 2022.

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Computador com a tela do site da Receita Federal
De acordo com as novas regras de imposto, classe média pode pagar 36% a mais de IR.

Exemplificação de como funcionará o novo IR para a classe média

Atualmente, com as regras válidas para o IR 2021, um trabalhador que ganha R$7 mil por mês usa o desconto de 20% da declaração simplificada e paga R$ 671,69 para a Receita Federal.

Nesse sentido, o valor é menor que o descontado todo mês no contracheque e, por isso, o Fisco restitui parte do imposto ao longo do ano vigente.

Na nova modalidade de IR, a pessoa terá que pagar mensalmente R$913,75 para a Receita Federal, o que reflete nesse aumento de 36%.

Por fim, a alternativa a de ir atrás de gastos dedutíveis. Acumulando certos gastos, o valor pago à Receita Federal pode até ser menor do que em anos anteriores.

Acumule gastos dedutíveis

Até o momento, a melhor maneira de tentar se encaixar dentro do modelo de IR simplificado está no acúmulo de gastos dedutíveis. Ou seja, aqueles valores gastos com dependentes, como a educação e com serviços médicos.

Além disso, outros gastos como pagamento do INSS e o número de dependentes também entram para a lista de gastos dedutíveis.

Por exemplo, utilizando o valor de R$913,75 dado acima:

  • Ao declarar seus pagamentos ao INSS, o valor de IR passa para o valor de R$706,95.
  • Se você tiver um dependente, você recebe um desconto de R$52.
  • Se houver mais um dependente, ou seja, dois filhos, você acumula mais R$52.

E, acumulando R$300 em gastos médicos ao ano, o valor recua para R$520,18. Um valor 22% menor do que você pagou em 2021 pela Declaração Simplificada.

Portanto, o jeito agora é se adequar às novas regras e acumular possíveis gastos dedutíveis para que, ao final, você receba uma restituição maior e poder se encaixar neste tipo de declaração do IR.

Novo IR 2022: veja como fica

Para 2022, pessoas que recebem até R$2.500 por mês não pagarão mais o Imposto de Renda. Além disso, as pessoas que faziam parte da segunda alíquota podem pertencer a primeira, pagando um valor menor ao Fisco.

Observe abaixo como fica a Tabela de IR, caso o projeto avance e entre em funcionamento em 2022:

  • Até R$ 2.500 — alíquota de 0% (isento)
  • De R$ 2.500,01 até R$ 3.200 — alíquota de 7,5%
  • A partir de R$ 3.200,01 até R$ 4.250 — alíquota de 15%
  • De R$ 4.250,01 até R$ 5.300 — alíquota de 22,5%
  • Acima de R$ 5.300,01 — alíquota de 27,5%

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