Como usar bem a restituição do Imposto de Renda? Confira dicas!

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O quinto e último lote da restituição do Imposto de Renda 2022 já está liberado para consulta. Mas é importante falar que o pagamento ainda não está liberado, ele só estará disponível no dia 30 de setembro.

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Para saber se já foi contemplado, basta consultar pelo site da Receita Federal ou pelo aplicativo da autarquia. Com essa graninha extra, você pode considerar diversas possibilidades. Mas, você sabe como usar bem a restituição do Imposto de Renda?

A restituição do Imposto de Renda nada mais é do que a devolução do imposto pago a mais que o devido. O que leva em consideração os gastos e demais movimentações do ano anterior. A regra é simples.

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Se a diferença do Imposto de Renda a ser pago (sem contar as deduções) em relação ao imposto já pago ou retido na fonte for negativa, o saldo será restituído.

Por outro lado, caso seja positiva, o contribuinte tem um saldo a pagar.

Há pessoas que conseguem aumentar a restituição com as regras da própria Receita Federal. São aplicados, por exemplo, os descontos legais com gastos com educação, saúde e dependentes.

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Como consultar à restituição do Imposto de Renda?

A consulta para saber se a restituição foi liberada é feita por meio do site da Receita Federal. É muito simples ter acesso às informações dos lotes de pagamentos.

Confira o passo a passo para consultar rapidamente:

  • Acesse o site da Receita;
  • Informe seu CPF;
  • Selecione o ano;
  • Insira sua data de nascimento;
  • Digite o código de segurança;
  • Por fim, clique em Consultar.

Além da internet, a Receita disponibiliza o Receitafone, pelo número 146, na opção 3. Também é possível fazer a consulta por meio do aplicativo para dispositivos móveis.

O aplicativo para consulta da restituição está disponível para download em smartphones e tablets com sistema operacional Android e iOS.

O valor da restituição fica disponível no banco no período de um ano. Caso não faça o resgate nesse prazo, terá que solicitar novamente no site da Receita.

Para isso, é necessário preencher o formulário eletrônico – pedido de pagamento de restituição ou direto no portal e-CAC, no serviço extrato do processamento da DIRPF.

Planejamento financeiro é peça-chave

Em primeiro lugar, a dica para usar a restituição do Imposto de Renda é: se não estava contando com esse dinheiro, não gaste sem responsabilidade.

Ainda que a receita não estivesse “prevista” para entrar agora, você não deve dar um destino que possa atrapalhar seus planos financeiros.

De nada vai adiantar todo planejamento financeiro e acompanhamento organizado em planilhas, se tudo desandar.

Portanto, aproveite para revisitar as suas prioridades. É uma dívida que precisa ser quitada? Ou será que você entrou no rotativo do cartão de crédito?

notas de dinheiro
É muito importante se planejar para usar bem a restituição do Impost de Renda

Pode ser que aquela pequena reforma que você precisa fazer agora saia, sem que pendure os gastos no crédito. Ou ainda um curso ou uma viagem poderão, enfim, sair do papel e virar realidade.

Esse também pode ser um bom momento para começar um investimento. No Tesouro Direto, por exemplo, uma aplicação considerada “segura”, que faz parte da modalidade renda fixa, permite aplicações a partir de R$30.

Ou seja, opção acessível é o que não falta para você usar esse dinheiro.

Como usar o valor da restituição do Imposto de Renda?

Antes de mais nada, se você não incluiu o valor da restituição no orçamento anual da família, não tem problema. Por isso, caso tenha surgido algum imprevisto, essa pode ser a salvação.

Agora, se está com dívidas, esse pode ser o momento de quitá-las. Isso porque os juros do cartão de crédito são alguns dos mais altos no mercado.

Dessa forma, se você caiu no rotativo, pode ser uma boa ideia usar o dinheiro da restituição para quitar esse saldo.

Caso o valor não seja suficiente, tente negociar com o banco a redução com o pagamento de uma parte.

Além disso, a redução dos juros pode ser um alívio para o seu bolso. Não esqueça que o endividamento excessivo pode fazer com que você fique com o nome sujo e tenha até restrição na obtenção de créditos e bens.

Comece a investir com a restituição do Imposto de Renda

Estar preparado para um imprevisto é necessário em todo orçamento, seja pessoal ou familiar.

Pode ser que surjam despesas emergenciais, por exemplo, conserto no veículo, reparo no seu imóvel e até problemas de saúde.

Preparar-se financeiramente para esses acontecimentos reduz o seu estresse.

As opções para fazer uma reserva financeira são diversas. Você pode querer apenas abrir uma conta poupança.

Ou, se já possui uma, transferir todo o valor da restituição do Imposto de Renda para lá e “esquecer” que ele existe.

A poupança não possui valor mínimo de aplicação, no entanto, também não tem um rendimento muito alto.

Se seus objetivos são a médio prazo, pode escolher entre a poupança e o CDB. Além disso, existem diversas outras modalidades que podem ser mais vantajosas sem oferecer tantos riscos ao investidor.

“Não entendo nada de planejamento financeiro, e agora?” Esse não é o problema.

Há diversos sites que orientam. Você só deve ter o cuidado de buscar fontes confiáveis ou sites oficiais daquele investimento para informar-se.

Existem, inclusive, cursos gratuitos de planejamento financeiro onde você pode aprender e se informar.

Dê prioridade para pagar as dívidas

Uma dica para quem quer usar bem a restituição do Imposto de Renda é dar prioridade ao pagamento de dívidas.

Assim como o dinheiro do 13º salário e férias, essa pode ser uma boa oportunidade para você acertar a sua vida financeira. Por isso, planeje-se.

Procure saber o valor das suas dívidas e quanto vai receber da restituição do Imposto de Renda. Assim, será possível saber quais contas você poderá quitar e quais não.

Outra dica é quitar, primeiro, as dívidas de maior valor e de risco, além das mais urgentes.

Uma forma de decidir qual conta pagar é escolher sempre as que apresentam juros mais altos.

Invista em sua qualificação profissional

Independente se você está empregado ou não, adquirir novos conhecimentos nunca é demais. Por isso, gastar o dinheiro da restituição com a educação pode ser considerado um investimento.

Você pode iniciar um curso técnico, graduação, pós-graduação ou qualquer outro curso que deseja fazer e acredita que será precioso para o seu trabalho. Os cursos de idiomas, principalmente, são uma boa ideia para investir.

E você pode comprar esses cursos pela internet mesmo, existem diversos sites de aulas onlines que são bons e confiáveis.

Portanto, lembre-se que o mercado de trabalho exige pessoas cada vez mais qualificadas. Sendo assim, este pode ser o momento ideal para aprender coisas novas.

Restituição do IR: empresas podem negociar dívidas neste momento

Em um momento em que o número de brasileiros inadimplentes só cresce, o dinheiro da restituição do Imposto de Renda pode ser uma alternativa para quitar as dívidas. E as próprias empresas podem abordar os clientes para tentar negociar os valores em aberto.

Para se ter uma ideia, somente o quarto lote contemplou mais de 4,4 milhões  de contribuintes e as restituições somaram R$6 bilhões.

E para ajudar as empresas a negociarem com os clientes, Marcelo Freitas, gerente de Relacionamento do birô de crédito Assertiva Soluções, dá cinco orientações para que os departamentos de cobrança aproveitem a oportunidade, veja abaixo cada uma delas. 

Estilo ganha-ganha

Os períodos de restituição são ideais para estreitar o relacionamento entre empresa e cliente com pagamento em atraso. Por isso, é  importante deixar claro como o cliente se beneficiaria pagando a dívida, o que pode incluir a retomada do acesso a algum produto, serviço ou outros benefícios que sua empresa oferece.

Além disso, é possível lembrar que com o nome limpo o cliente consegue garantir vantagens também em outros produtos financeiros. Mostre que usar a verba da restituição para quitar o débito é bom para o cliente.

Abordagem ideal

Antes de mais nada, a empresa precisa saber qual é o perfil do cliente para definir o tom do contato, é importante ser sempre amigável e respeitoso. Além de entender o motivo que levou a pessoa a entrar na situação de dívida.

Isso vai ajudar o operador a conduzir uma negociação mais empática. Muitas vezes o devedor só precisa ser ouvido pelo negociador para chegarem juntos ao melhor acordo para ambas as partes. 

A dica é sempre buscar contato com quem fez a dívida e não com quem vai pagar. É muito mais valioso falar com um gestor que realizou a compra,  entendendo suas motivações ou dores com determinado produto ou serviço para propor uma negociação ou relembrar a proposta de valor que a sua empresa tem a  oferecer. 

Proposta satisfatória

É importante que você saiba o que oferecer. Ao falar com quem se beneficia diretamente dos seus serviços, as propostas podem trazer novos produtos ou serviços, bônus, brindes, entre outros.

Ao tratar a dívida com financeiro, a questão se restringe aos valores, condições de parcelamento e esbarra também no fato de se o cliente está já negativado ou não.

Além do dinheiro

Diferentemente do que muitos pensam, uma negociação eficiente não é somente receber o valor. Mas sim recuperar o cliente e, além disso, fazer com que ele entenda por que está pagando. 

Assim como no processo de aquisição do cliente, existe uma estrutura de recursos embarcada. No processo de cobrança, além de reaver o dinheiro, o ideal é buscar também a retomada de um relacionamento saudável entre cliente e empresa.

Saiba o que evitar

O maior erro é pensar em resolver a demanda da empresa antes de resolver a do cliente. E isso envolve o real entendimento da situação de inadimplência e a busca por essa resolução. 

Na maioria dos casos, se você resolver o problema do cliente, estará resolvendo o da empresa também. Outros equívocos são:

-> Exagerar na formalidade e não criar conexão com o cliente;

-> Ter um modelo com um discurso rígido a ser seguido na negociação, pouco humanizado;

-> Não ouvir o cliente e querer tomar a frente da ligação;

-> Oferecer “qualquer solução”, mas que não garanta necessariamente uma condição boa para cliente e empresa sobre a quitação do débito;

-> Focar apenas na realização de uma promessa de pagamento.

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*Colaboração: Camila Miranda e Juliana Favorito

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