
Na primeira reunião de 2022, a taxa Selic chegou aos 10,75% ao ano. A decisão do Copom teve como objetivo, mais uma vez, tentar frear a inflação que não para de subir e, consequentemente, está afetando o bolso dos brasileiros.
Mas depois do anúncio, o que todo mundo ficou se perguntando é: a Selic vai continuar aumentando este ano? O próprio Copom já se pronunciou sobre o assunto como forma de tentar tranquilizar os brasileiros.
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Até porque, após o oitavo aumento consecutivo, o Brasil passou a ter a maior taxa real de juros do mundo. A informação é do ranking de 40 países elaborado pela Infinity Asset Management.
Copom se pronuncia sobre as próximas reuniões da Selic
Assim que anunciou o último aumento da taxa Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) falou sobre o que o mercado e os brasileiros podem esperar das próximas reuniões.
E sim, existe esperança no fim do túnel. A expectativa é que a taxa continue sendo elevada, mas com um percentual menor do que vem acontecendo. Atualmente, o Comitê vem realizando os aumentos em 1,5 ponto percentual.
Caso a previsão se confirme, a taxa Selic poderá terminar o ano em 11,75% ao ano, um percentual elevado mas não como o dos últimos meses.
“Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros. Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante.”
Vale ressaltar que o Comitê destaca que os próximos passos da taxa básica de juros poderão ser modificados com o objetivo de assegurar a convergência da inflação para suas metas.

Mas tudo vai depender da economia do Brasil e como a inflação vai se comportar nos próximos meses.
Projeção da Selic até 2023
Como dito acima, a expectativa é para que a taxa tenha uma alta menos significativa nos próximos meses e comece a regredir até o ano de 2023. Mas, todos os cenários dependerão sempre de como estará a inflação, pois afeta diretamente a Selic.
De acordo com a Agência Brasil e projeções do mercado, o cenário descrito pelo Copom pode ser projetado com inflação em torno de 5,4% em 2022 e 3,2% em 2023.
Com este cenário, a trajetória dos juros deve ficar da seguinte forma, a princípio:
- elevada para 12% ao ano no primeiro semestre de 2022;
- termina 2022 com 11,75% ao ano; e
- reduz para 8% em 2023.
As projeções para a inflação podem ser bem variáveis, de acordo com o Comitê, que diz:
“Adota-se a hipótese de bandeira tarifária vermelha patamar 1 em dezembro de 2022 e dezembro de 2023”, projeta o Copom.
Inflação x Selic: entenda alguns fatores de risco
Este cenário projetado pelo Copom, embora otimista, apresenta alguns fatores de risco por conta da inflação. De um lado, temos uma possível reversão, ainda que parcial, segundo o Comitê – enquanto do outro lado estão as ‘polícias fiscais’, que podem impactar a trajetória fiscal.
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A ata do Copom, na avaliação de riscos, ainda traz dúvidas sobre a situação de desempenho das contas públicas. Alguns cenários podem ser cruciais para uma maior probabilidade de trajetórias em que a inflação é acima do projetado.
Quando será a próxima reunião do Copom para definir a Selic?
A última reunião do Copom para definir a Selic aconteceu no dia 2 de fevereiro e um novo encontro já tem data prevista. Você sabia?
Geralmente, as reuniões acontecem a cada 45 dias e duram dois dias. Sendo assim, o calendário de encontros para definir a taxa básica de juros é o seguinte:
- 15 e 16 de março;
- 3 e 4 de maio;
- 14 e 15 de junho;
- 2 e 3 de agosto;
- 20 e 21 de setembro;
- 25 e 26 de outubro;
- 6 e 7 de dezembro.
Este conteúdo te ajudou a entender, mas você ainda ficou com dúvidas? Então continue lendo sobre o assunto: Saiba o que é Selic e por que se preocupar com ela!