Educação financeira para crianças: especialista orienta por onde começar

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Menino com camisa listrada sorri e enfileira moedas sobre uma mesa
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Você já começou a falar sobre dinheiro com o seu filho? Sabia que a educação financeira para crianças, quando feita da forma correta, pode diminuir muito o risco dele ou dela se endividar quando mais velho?

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Mesmo que você não tenha um conhecimento profundo sobre mercado financeiro e investimentos, pode introduzir o tema “dinheiro” para o pequeno.

E para ajudar, conte com as dicas de Braulio Langer, analista de investimentos da Toro.

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O especialista conta qual a importância de abordar esse assunto na educação, como introduzi-lo, como definir a mesada, entre outros tópicos.

Continue lendo este artigo!

Por que introduzir a educação financeira para crianças?

As crianças são muito mais espertas e abertas a aprender coisas novas do que adultos. Prova disso é a facilidade que a nova geração tem com o mundo digital.

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Muitas vezes, antes mesmo de andar elas já dominam smartphones e tablets.

Já imaginou aproveitar esse potencial para abrir a mente do seu filho para o tema “dinheiro” e, com isso, possibilitar que ela seja um adulto de sucesso neste quesito?

Sim! A educação financeira para crianças tem um impacto muito grande na forma como elas vão lidar com as finanças no futuro.

E num país onde a inadimplência é quase cultural isso é valioso.

Por isso, é importante naturalizar temas que farão parte do cotidiano dos pequenos por toda a vida, como, por exemplo, responsabilidade com dinheiro.

O especialista em investimentos Braulio Langer explica ainda que esse assunto deve ser trabalhado por toda a sociedade, sobretudo a escola e os pais.

“A educação financeira é fundamental para que as crianças aprendam o valor do dinheiro, do trabalho e de que se deve poupar para atingir objetivos.”

Foto de perfil do analista de investimentos Braulio Langer
Especialista fala sobre educação financeira para crianças

Como introduzir a educação financeira para crianças?

Talvez essa seja uma das principais dúvidas sobre educação financeira para crianças. Quando começar? Por onde começar? Como abordar esse assunto?

Calma, que não é um bicho de sete cabeças! Na verdade, o ideal é mesmo que o dinheiro seja introduzido naturalmente no dia a dia da criança.

Mas como e quando fazer isso? De acordo com Langer, não existe uma idade certa, nem uma receita de bolo.

Afinal, cada uma tem seu tempo, seu estilo de vida, condições diferentes etc. Em relação à idade, quanto antes melhor.

“A partir do momento em que a criança entende o conceito de dinheiro, esse tipo de ensinamento já pode ser inserido no cotidiano dela.”

Ele ainda lembra que as crianças aprendem que existe o dinheiro e que ele é necessário para comprar bens de forma natural, mesmo que os pais e responsáveis não ensinem isso de forma consciente.

Eles entendem que dinheiro é necessário para comprar brinquedos, doces e demais coisas que a criança gosta. Então, de forma natural, o assunto pode ser inserido nas conversas.

Assim, as crianças entenderão que o dinheiro precisa ser adquirido através de esforço e deve ser poupado, investido, etc. Esses conceitos serão aos poucos assimilados.

“Ensine a criança a juntar seu próprio dinheiro, para que ela entenda que o esforço de poupar pode ser recompensado, ao adquirir coisas que ela deseja.”

+ Educação financeira infantil: confira as dicas por idade

5 pontos essenciais para uma boa educação financeira para crianças

Na prática, introduzir a educação financeira para crianças pode ser um desafio. Para ajudar, o especialista lista alguns pontos fundamentais que os pais e responsáveis devem observar ao abordar o tema.

1 Ensine a criança a poupar desde cedo

Como já mencionado, não há idade certa. Mas a partir do momento que a criança já entender o que é dinheiro, passe a falar sobre a importância de poupar.

Ou seja, ensine que o dinheiro é finito, ele acaba se for gasto em excesso. E quando isso acontece, ficamos sem recursos para comprar o que precisamos.

Uma forma mais leve de fazer isso pode ser com brincadeiras. Brincando de supermercado, por exemplo, fazendo dinheiro de papel de mentira.

+ Fintechs que apostam na educação financeira que você precisa conhecer

2 Evite dar dinheiro sempre

“O fator temporal é importante. Não se deve dar dinheiro o tempo todo! A criança deve aprender a esperar para colher os frutos.”

Esse é um alerta de Braulio Langer, especialmente para os pais e responsáveis que têm mais poder aquisitivo. Muitas vezes, ceder aos desejos da criança e dar tudo que ela quer pode ser tentador.

Mas lembre-se: assim você estará apenas contribuindo para que seu filho não compreenda o real valor do dinheiro.

Se quer que ele tenha tanto sucesso financeiro quanto você, não deixe de ensiná-lo que dinheiro é um recurso que demanda esforço e tempo para ser obtido.

3 Estimule o bom comportamento

Essa é mais uma forma de introduzir a educação financeira para crianças. De acordo com Langer, o bom comportamento deve ser recompensado.

Assim, o pequeno ou a pequena vai assimilar que o esforço vale a pena. Você pode fazer acordos ou estipular metas que, se atingidas, serão recompensadas com uma pequena quantia.

4 Se possível, dê uma mesada

Se você não tem condições financeiras para dar uma mesada para o seu filho, fique tranquilo! A verdade é que, infelizmente, a maioria das famílias brasileiras não têm.

Se é o seu caso, recorrer às outras dicas e práticas mencionadas neste artigo. Tenha em mente que, não importa qual seja a classe social, a educação financeira deve ser introduzida para todas as crianças.

Já se você tem condições financeiras de dar uma mesada para a criança, o analista de investimentos garante que isso terá apenas benefícios.

“A mesada deve ser um valor baixo, para que ela (a criança) entenda o valor do esforço que é poupar.”

5 Introduza noções de juros (para crianças maiores)

Se a criança ainda é muito pequena e está na fase de compreender o próprio conceito de dinheiro e valores, isso ainda não é para ela.

Mas se é uma criança maior, mais especificamente um pré-adolescente, é hora de começar a falar sobre juros.

Afinal, a finanças pessoais no mundo em que vivemos não funciona apenas na base da matemática básica. Os juros estão por toda parte, desde as parcelas de um cartão até os investimentos.

Então se o seu filho já é grandinho, introduza esse tópico com ele. Se você não entende de juros, existem alguns meios a que pode recorrer:

  • a escola (dependendo de qual série ele está, já estará aprendendo sobre juros e pode até aproveitar e te ensinar)
  • vídeos no Youtube
  • livros etc

Nesta fase da introdução, já se pode até mesmo iniciar os investimentos. Lógico, com a supervisão e orientação dos pais.

+ Importância dos pais na educação financeira infantil

Mesada: quando dar e qual deve ser o valor?

A mesada pode ser uma grande aliada da educação financeira para crianças. Ela não é uma ferramenta fundamental, mas pode fazer enorme diferença.

Afinal, trata-se de um valor fixo com o qual o seu filho deve “se virar” pelo mês inteiro. Ele vai gerenciar, poupar e fazer as próprias escolhas.

“Assim, a criança entende que o dinheiro não é infinito e passa a compreender o fator temporal, que é muito importante. É fundamental que ela aprenda logo cedo a administrar o dinheiro ao longo do tempo, para que ele não falte. Dessa forma, ela vai aprendendo a conviver com conceitos como salário, poupança, investimentos, etc.”

De acordo com Langer, o valor da mesada não deve ser muito alto, para que a criança aprenda que o dinheiro é finito e que poupar vale a pena.

Os pais podem estipular um valor que cubra gastos “bobos” da criança e que normalmente ela pediria a um adulto para comprar: balas, brinquedos etc.

Porém, os gastos fixos e essenciais da criança (mensalidade escolar, roupa, comida, higiene) não podem ser levados em consideração para a mesada. Isso é responsabilidade dos pais e responsáveis!

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