Você já leu ou assistiu matérias jornalísticas sobre golpes com criptomoedas? Infelizmente, esse tipo de caso tem se tornado cada vez mais constante.
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Em seu último relatório de combate à lavagem de dinheiro com criptomoedas, a empresa de análises de blockchain Coinfirm informou que já foram roubados cerca de US$10,5 bilhões em 2020.
Fraudes e golpes lideram o ranking, com 67,8% dos casos, o dobro de 2017 — última alta do mercado de criptoativos.
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Além disso, a lista também é composta por vendas de drogas ilícitas, hacks, violação de sanções, financiamento ao terrorismo, ransomware e chantagens. Ainda segundo a pesquisa, o número de casos relatados pode chegar a representar apenas 50% do total.
Cuidado: 7 golpes com criptomoedas
1 – Carteiras falsas
Esses softwares podem estar dentro de lojas oficiais de apps como Play Store e App Store. Prometem armazenar as economias do usuário com segurança, porém, ao realizar o depósito, o dinheiro é transferido para a conta dos hackers.
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Ou seja, a recomendação é procurar por carteiras com boas referências na internet e sempre desconfiar de aplicativos recém-lançados.
2 – Exchange falsas
A criação de exchanges falsas também é uma prática comum de fraude no criptomercado.
Os sites podem até parecer confiáveis e profissionais, mas, ao fazer qualquer operação de compra e venda, o dinheiro cai na conta dos criminosos.
Por isso, também é necessário investir em corretoras de criptomoedas de confiança.
3 – Pirâmides e esquemas Ponzi
Um dos golpes com criptomoedas mais comuns. Geralmente, os hackers desse esquema criam uma “nova criptomoeda revolucionária”.
O objetivo é atrair os iniciantes que querem investir em alguma moeda desde o seu surgimento, esperando uma repentina valorização, como a do Bitcoin.
Os criminosos lançam um site para essa moeda fictícia e recrutam pessoas para dentro dessa “empresa”. Essas vítimas precisam convocar mais pessoas para lucrar e assim por diante, mas acabam se envolvendo em projetos que nem sequer existem.
Para entrar na empresa, é necessário pagar uma pequena taxa ou simplesmente fornecer seus dados pessoais. É assim que quem está no topo da pirâmide consegue lucrar, com o investimento desses iniciantes.
É recomendado que os usuários verifiquem se essa nova moeda está cadastrada em sites conhecidos de capitalização e verificar a documentação técnica (whitepaper) desse projeto.
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4 – Mineração em nuvem
As empresas, nesses casos, podem até parecer confiáveis, pois estão de fato entregando parte do que é minerado. Porém, o problema está nos sites que têm planos de mineração mais rápidos.
Esses planos contam com um esquema de pirâmide, onde os usuários que pagavam por essa velocidade a mais só recebiam o investimento de volta quando novos usuários adquiram o mesmo plano. Na verdade, nenhuma criptomoeda era de fato minerada.
Para identificar e se prevenir desse golpe, o usuário deve se atentar as propostas que todos esses esquemas têm em comum:
- planos que oferecem bônus para trocar por velocidade de mineração,
- dar gratuitamente velocidade de mineração,
- fornecer uma velocidade que não coincide com o grau de dificuldade de mineração daquela criptomoeda.
5 – Clube de investimento
Esse é outro golpe que visa atingir iniciantes no criptomercado. O usuário só precisa se cadastrar nesse clube de investimento, escolher um dos planos e realizar o depósito do dinheiro.
A aplicação fica sob responsabilidade de especialistas que, teoricamente, dividirão os lucros em um período indeterminado, mas isso não acontece. O recomendado nesse caso é não confiar em intermediários para a gestão e aplicação das criptomoedas.
6 – ICOs falsas
ICOs (Initial Coin Offering) são ofertas iniciais de moedas, antes do próprio lançamento. Entusiastas pagam por prévias dessa nova moeda digital através de dinheiro, acreditando que valerão o investimento.
Muitas vezes, são criados relatórios e cronogramas do lançamento para dar mais credibilidade ao projeto. Em casos de fraude, os investidores compram os tokens e os criminosos somem, levando todo o dinheiro.
Para se prevenir contra esses roubos, é necessário pesquisar e avaliar esses lançamentos.
Além de analisar se a proposta se adequa a realidade do mercado que está inserida, se atende alguma demanda desse setor, se a equipe envolvida no projeto é conhecida no ramo de ICO, etc.
7 – Phishing
Essa técnica de fraude pode vir, por exemplo, sob a forma de um e-mail aparentemente enviado pela empresa que desenvolve sua wallet, pedindo que o usuário confirme sua senha.
Para os hackers, é muito fácil clonar uma página de login para conseguir credenciais alheias.
Quando o usuário fornece, por conta própria, seus dados sigilosos, permite que os hackers tenham acesso livre às suas criptomoedas.
Para evitar esse roubo, a recomendação é que os usuários não forneçam seus dados e entrem em contato com a empresa de sua carteira para averiguar o caso.
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Como se precaver?
Como são diversos os golpes com criptomoedas, é preciso ter atenção redobrada quando se fala de investimentos em criptomoedas para não ser vítima de criminosos. Confira as principais dicas:
1 – Desconfie de promessas de ganhos exorbitantes:
A compra de criptomoedas tem que partir da própria pessoa. Nenhum meio de vendas oficial faz propagandas oferecendo criptomoedas, tão pouco garantias de boas rentabilidades.
2 – Cuidados com dados pessoais:
Nunca forneça seus dados para plataformas digitais que você desconheça ou não está acostumado a usar. Caso receba algum contato ou e-mail solicitando, verifique o caso com a empresa responsável pela sua carteira.
Além disso, mesmo parecido com a plataforma da corretora que você costuma investir, faça uma verificação de logotipo, do endereço de e-mail e evite clicar em links desconhecidos.
Na dúvida, entre em contato com a sua corretora. Muitas vezes são anunciadas ofertas falsas pelos criminosos.
3 – Analise criptomoedas que você desconheça:
Estude, se informe e verifique se determinada criptomoeda que está sendo oferecida realmente existe.
4 – Utilize antivírus:
Faça a proteção do seu celular e computador com antivírus, que acabam funcionando como uma rede de segurança para te proteger de acessos perigosos na internet e golpes com criptomoedas.
5 – Cuidado com downloads:
Verifique se o desenvolvedor é confiável, se atente às recomendações do aplicativo, bem como às permissões solicitadas. Assim, é possível evitar riscos de invasões e roubos de dados.
6 – Não faça download de aplicativos de lojas não oficiais:
Alguns portais da internet produzem material sobre alguns aplicativos que prometem altos ganhos e colocam um link para baixá-lo. Não siga essa prática, você pode estar infectando seu dispositivo com vírus e deixando seus dados mais vulneráveis.
7 – Ative sempre a verificação em duas etapas:
Use e abuse da autenticação em duas etapas (2FA) em todas as contas que possui. Seja de corretoras para investimento em criptomoedas, seja em redes sociais ou outros tipos de mídias que possuem dados pessoais.
8 – Nunca faça um pagamento adiantado:
Nenhuma instituição financeira está autorizada a exigir pagamento adiantado. Caso isso seja solicitado, desconfie da abordagem e de forma alguma conceda suas informações.
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