Solicitar aumento na firma nunca é uma tarefa fácil. Em tempos de crise e recessão global que estamos vivendo desde o surgimento da pandemia de 2020, esta tarefa é ainda mais árdua. Uma vez que o caixa das empresas ficou mais escasso e o preço do dinheiro mais valorizado com as taxas de juros mais altas.
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O investidor de renda variável conhece bem os dividendos. Os dividendos são a distribuição de lucro das empresas para seus acionistas. Muitas empresas sólidas pagam dividendos mensais, além dos FIIs – Fundos de Investimento Imobiliário, que repassam os aluguéis de seus imóveis aos cotistas também de forma mensal.
Receber dividendos mensalmente é uma forma de aumentar a grana que cai na conta todos os meses, sem depender de ninguém além do próprio investidor. Porém, é preciso ter força de vontade para, ao invés de torrar todo o seu rendimento, investir parte para garantir um conforto financeiro para o futuro.
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Durante a fase produtiva da vida, entre os 20 e os 50 anos, o recomendado é que o investidor evite utilizar seus dividendos com gastos supérfluos, e reinvista se não 100%, pelo menos a maior parte dos dividendos recebidos.
Caso o investidor faça isso ao longo desses 30 anos, os juros compostos agirão a favor e o crescimento da renda passiva com dividendos ao final do período serão exponencialmente maiores.
Mas, sabemos que reinvestir os dividendos todos os meses ao longo de três décadas não é uma missão fácil. A disciplina do investidor é fundamental, além disso, emergências acontecem e a vida não anda em linha reta.
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Portanto, os dividendos podem ser utilizados em pequenas emergências ou para realização de alguns desejos, porém é importante que o investidor também tenha a sua reserva de emergência formada de forma sólida.
E na renda fixa, como receber rendimentos?
Com a taxa de juros no entorno dos 14% ao ano e a inflação na casa dos 7%, hoje a renda fixa que paga 100% do CDI garante um juro real de 7% ao ano para o investidor.
Esses 7% ao ano de juro real não são um rendimento para se ignorar. No Brasil, a renda fixa vem valendo a pena, além de existirem opções de rendimentos diários. Desta forma, o investidor nem precisa esperar um mês inteiro para realizar seus saques.
Também temos o Tesouro Direto, que oferece títulos com rendimentos semestrais, que se estrategicamente calculada a data de recebimento, pode ser utilizado como uma renda extra mensal.
A mordida do leão
O investidor sempre deve ficar ligado na mordida do Imposto de Renda em seus investimentos. Hoje no Brasil, os dividendos e rendimentos de FIIs não são taxados, porém isso pode mudar com as reformas tributárias que estão por vir.
Isso não deve assustar o investidor, se há imposto de renda é porque o investidor está ganhando de alguma forma. Além disso, a taxação de dividendos é uma realidade em muitos países, até mesmo nos de maior liberdade econômica como os Estados Unidos.
Caso a taxação de dividendos venha a existir, o incentivo é o que o investidor aumente seus aportes e seja ainda mais disciplinado em relação ao reinvestimento dos dividendos recebidos. Não dá para esperar muito dos governos no Brasil sobre aumento de impostos, portanto o investidor precisa se garantir ao realizar maiores aportes.
Na renda fixa também há taxação. No Tesouro Direto, por exemplo, quanto mais tempo o investidor segurar o rendimento menos o Imposto de Renda retido.
Se segurar o título até 180 dias a alíquota é de 22,5%, de 181 a 360 dias 20%, de 361 a 720 dias 17,5% e acima de 720 15% de imposto de renda. É possível também encontrar opções isentas de imposto de renda, como os LCAs e LCIs.
Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne
Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas e investimentos. Fique de olho!
Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.
Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.
É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
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