Quais os impactos no preço do Bitcoin após a SEC negar o ETF do criptoativo?

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Símbolo do Bitcoin em metal sobre um fundo azul
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A Grayscale, maior gestora de fundos cripto do mundo, entrou com o pedido de autorização através da SEC para o tão esperado lançamento do ETF de Bitcoin na bolsa norte-americana. A SEC – Securities and Exchange Commission, é basicamente a CVM – Comissão de Valores Mobiliários, que regula o mercado nos Estados Unidos.

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Um ETF – Exchange-traded fund é um fundo passivo que basicamente replica índices ou possui uma carteira de ações de um setor específico. É uma maneira fácil de investimento, pois é negociada na bolsa, portanto pode ser comprada através de bancos e corretoras e, quando autorizado pela SEC, regulado por um órgão competente do mercado financeiro.

A negativa da SEC não surpreendeu o mercado. Muitos outros pedidos de autorização para um ETF de Bitcoin já aconteceram nos últimos anos, o que também sempre aconteceu até agora é a negativa da SEC para estes pedidos.

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A novidade com a Grayscale é que a gestora decidiu levar a negativa da SEC para a justiça e o jogo desta vez pode virar.

Qual o argumento da Grayscale para colocar o caso na justiça?

O acionamento da justiça por parte da Grayscale foi realizado apenas 12 horas após a negativa da SEC. Ou seja, a Greayscale estava preparada para o contra-ataque. Não é comum que órgãos reguladores sejam processados ou cassados, até porque, esta é basicamente a função deles.

O argumento da Grayscale, que é bastante válido na minha opinião, é de que a SEC vem aprovando ETFs de contratos futuros do Bitcoin, ou seja, onde o investidor pode apostar numa queda ou numa alta do ativo, algo que é muito mais arriscado para os investidores do que um ETF somente de Bitcoin.

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Por qual razão a SEC aprova ETFs de futuros de um ativo e não aprova um ETF do ativo? Fica a questão.

Porém sabemos como é a justiça, nem sempre bons argumentos vencem e existe a possibilidade da SEC não liberar tão cedo um ETF de Bitcoin. A Grayscale, sendo a maior gestora de criptoativos do mundo, também não deve desistir tão cedo.

O que acontece com o preço do Bitcoin caso o ETF seja aprovado?

A resposta é simples, caso seja aprovado, ao menos no curto prazo o preço do Bitcoin vai pra cima. A aprovação do ETF traria para a prateleira de ações do mercado tradicional a possibilidade de o investidor comprar Bitcoin de forma simples.

O mesmo gerente de banco que oferece um consórcio para o seu tio, vai poder oferecer investimento em Bitcoin.

pessoas conversando sobre investimento
ETF de Bitcoin traria a possibilidade de o investidor comprar a moeda de forma simples

Além do gerente de banco, fundos de pensão e fundos multimercado também poderão diversificar seus investimentos parcialmente em Bitcoin. O fluxo de novos entrantes equivale ao aumento do fluxo de capital para o ativo. O que reflete em uma demanda maior pelo Bitcoin, demanda em ascensão, preço pra cima. 

E se o ETF não for aprovado neste momento? Nada muda, já que esta já é a situação no momento.

No Brasil já temos alguns ETFs de criptomoedas, inclusive o HASH11 que possui 70% de sua carteira em Bitcoin. A diferença é que no Brasil temos um número muito pequeno de investidores, enquanto o mercado norte-americano possui investidores do mundo inteiro, por isso muito mais relevante que um ETF seja aprovado lá do que aqui.

Aos investidores e entusiastas, resta aguardar. A aprovação do ETF de Bitcoin nos EUA é somente uma questão de tempo.

Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne

Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas. Fique de olho!

Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.

Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.

É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

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