Os juros do cheque especial caíram. A boa notícia para o consumidor veio após o Banco Central estabelecer limite para a cobrança por parte dos bancos.
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Dados do BC mostram que a taxa de juros média caiu de 247,6% ao ano em dezembro de 2019 para 165,6% ao ano em janeiro de 2020. No entanto, ficou acima do limite estabelecido pela instituição.
Vale ressaltar que a regra do BC, que entrou em vigor no início de janeiro, obrigou as instituições financeiras a estabelecer o limite máximo de 8% ao mês para o cheque especial.
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Com a nova taxa, uma dívida, por exemplo, de R$ 1.000 passa a custar R$ 2.656 ao final de um ano. Em dezembro, a mesma dívida custaria R$ 3.476.
Cheque especial: a nova metodologia
O BC revisou a metodologia de cálculo dos juros do cheque especial. Agora, os bancos devem informar ao BC quanto efetivamente foi cobrado de juros.
Contudo, eles devem considerar que os clientes têm o benefício de um período de isenção ou redução de juros, geralmente por 10 dias no mês.
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Para que isso ocorra, a primeira taxa média informada pelos bancos será estimada e no mês seguinte será substituída pela taxa efetiva.
Com a revisão da série histórica de acordo com essa metodologia, a taxa média de juros das concessões do cheque especial a pessoas físicas teve um recuo imediato.
Em dezembro de 2019, passou de 302,5% ao ano (estatística divulgada em janeiro) para 247,6% ao ano (estatística revisada).
Nas concessões a pessoas jurídicas a taxa caiu 331,5% ao ano (estatística divulgada em janeiro) para 310,9% ao no (estatística revisada).
Outros índices também caíram
Consignado
O crédito consignado é considerado uma modalidade mais barata para os brasileiros que precisam de empréstimos.
Em janeiro, a taxa de juros da modalidade ficou em 21,3% ao ano. Neste caso, uma dívida de R$ 1.000 se transformaria em R$ 1.213 ao final de um ano.
De acordo com o BC, a taxa média de juros para pessoa física caiu 0,4 ponto percentual em outubro, chegando a 45,6% ao ano. A taxa média das empresas ficou em 17,6% ao ano, aumento de 1,3 ponto percentual.
Parcelamento
Vale lembrar que em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferirem, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado.
A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse. Afinal, o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.
Inadimplência
A inadimplência do crédito, considerando atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual chegando a 4,9%.
Entre pessoas jurídicas a inadimplência chegou a 2,3% em janeiro, com aumento de 0,2 ponto percentual.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas aos clientes.
Cuidado!
Pode parecer que a nova regra do cheque especial facilitou a vida do brasileiro. Contudo, ainda é necessário ficar muito atento aos seus detalhes.
Afinal, ele é uma das formas de crédito com maiores taxas de juros e, por isso, um pequeno descuido pode significar uma grande dívida. Portanto, use apenas em último caso.