Você sabe como administrar suas finanças pessoais? A sua resposta pode até ser sim, se você está considerando que a cada três meses deposita uma quantia na poupança. Na verdade, isso demonstra alguma preocupação sua. Mas não significa que seu orçamento está controlado.
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Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), de janeiro para fevereiro, o percentual de consumidores brasileiros que conseguiu poupar oscilou de 18% para 16%. Esse é o percentual mais baixo da série histórica, que tem início em dezembro de 2016.
Dos entrevistados, 73% afirmaram não terem poupado nada. Em outro levantamento do SPC e a CNDL, foi revelado que parte dos consumidores cada vez mais precisa recorrer às reservas de emergência. Em cada dez poupadores, quatro (41%) sacaram ao menos parte dos recursos que mantinham guardados, no mês de março de 2018.
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A maioria das pessoas precisou usar sua reserva foi para lidar com uma situação emergencial. Outros recorreram a esse valor porque os ganhos daquele mês não foram suficientes para cobrir as despesas. Um terceiro caso foi usar a poupança para adquirir algum bem.
O SPC questionou os entrevistados sobre o hábito de poupar: 32% disse que possui esse costume, enquanto 60% dos consumidores não possuem esse costume. Os motivos para não poupar foram baixa renda, em 44% dos casos; imprevistos (19%); não ter renda no momento (14%); descontrole financeiro (9%).
“Outra situação preocupante é que as pessoas deixam de poupar porque não são controladas o suficiente no manejo do dinheiro. A disciplina é fundamental para formarmos cidadãos equilibrados financeiramente”, disse o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.
É aí que queremos chegar. Se apenas uma pequena parte consegue poupar e uma grande parte precisa da reserva, como organizar as finanças pessoais?
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Não cometa esses erros com suas finanças pessoais
Como vimos, apenas uma pequena parte dos consumidores consegue poupar. E mesmo esses que conseguem, ainda assim cometem alguns erros. Veja como fugir desses erros nas finanças pessoais.
1 – Não saber onde poupar
Segundo o levantamento do SPC, um dos problemas de quem consegue guardar dinheiro é justamente não saber onde guardar. E esse é um erro que pode afetar, principalmente, o seu rendimento e a segurança também.
Isso porque 63% escolhe a poupança como meio de guardar seu dinheiro.
Em seguida, a segunda forma mais usada para guardar dinheiro é em casa (25%), usada por dois em cada dez pessoas que poupam, ou na conta corrente mesmo (21%), alternativas um tanto arriscadas.
Aqueles que investem seu dinheiro esperando um rendimento maior, optam por: fundos de investimento (8%), previdência privada (7%), CDBs (6%) Tesouro Direto (4%) e ações na bolsa de valores (2%).
2 – Não conhecer os tipos de investimento
Não conhecer suas opções é um erro ao administrar suas finanças pessoais, pois você pode estar “deixando de ganhar dinheiro”, além de colocar o que tem em risco. A exemplo de deixar o dinheiro em casa.
A poupança é uma forma bastante conservadora e se seu objetivo é ter mais dinheiro, provavelmente não é a melhor opção. Segundo os dados do SPC e a CNDL, a razão, para 24% dos entrevistados, por opções conservadoras de guardar dinheiro foi de não ter muito para investir. Em seguida veio a preferência por ter o dinheiro em lugar fácil de retirar (23%), falta de conhecimento (19%) e costume em guardar nas modalidades tradicionais (15%).
Segundo o especialista do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, se a reserva for a curto prazo, a poupança pode ser melhor do que manter o dinheiro em casa. Isso porque mesmo sendo pouco, vai render alguma coisa. Para objetivos a médio e longo prazo, recomenda-se buscar alternativas mais rentáveis. Ele destaca que no Tesouro Direto, por exemplo, pode-se investir a partir de R$30,00.
3 – Não controlar seu orçamento
É claro que imprevistos acontecem. E é por isso que mais da metade dos entrevistados pelo SPC disse que esse é o motivo pelo qual poupam. Agora, muitas pessoas não guardam dinheiro e, consequentemente, não têm as finanças organizadas porque não controlam seu orçamento.
Você pode ter o auxílio de uma planilha de orçamento doméstico. O importante é que você conheça seus gastos, estime o valor mês a mês para ver se o valor dos ganhos será ou não suficiente. E antes de acabar com um dívida, há formas de cortar gastos que podem te ajudar.
4 – Não saber os riscos do investimento
Se você optou por uma aplicação com mais rendimento, precisa avaliar os riscos da sua escolha. Se você vai precisar do dinheiro a curto prazo, não adianta escolher algumas modalidades mais agressivas de investimento em que você não poderá retirar o dinheiro. Ou poderá, mas sem ter os ganhos esperados.
Nada que um pouco de pesquisa não resolva. Para adiantar, você deve saber que existe o risco de mercado – do segmento que você vai investir; risco de crédito – a capacidade de pagamento da instituição que você escolheu; risco de liquidez – a rapidez com que a sua aplicação pode se transformar em dinheiro.
5 – Não controlar o consumo
É difícil não resistir a uma promoção. Mas é mais difícil ainda pagar uma dívida do rotativo do cartão de crédito. Um dos grandes erros relacionados às suas finanças pessoais é o consumo desenfreado.
Principalmente o uso do cartão de crédito sem controle. Os juros dessa modalidade são uns dos mais altos. Assim, o risco de inadimplência acaba sendo grande, o que pode levar você a ficar com o nome sujo. Mas, existem formas conscientes de você usar o cartão de crédito e para administrar seu dinheiro com inteligência.