Fuja do endividamento! Confira 3 dicas para manter as contas sempre no azul

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mulher segurando um leque de notas de dinheiro e tapando a parte inferior do rosto
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Prevenir é melhor que remediar! Você já deve ter visto por aí muitas dicas de como sair do endividamento, quitar as contas pendentes, negociar etc. Mas sabe como se manter no azul, ou seja, fugir do endividamento sem dar a chance para que isso aconteça?

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É sobre isso que vamos falar neste artigo. As dicas valem para quem nunca se endividou, mas está passando por um momento financeiro mais desafiador e quer evitar ficar no vermelho, mas também valem para quem já foi endividado e não quer voltar.

Para isso, contamos com as dicas dos professores do Unipê, Módulo e FASS, que direcionam as melhores opções para não entrar no labirinto das dívidas. Mas antes, vamos conhecer algumas das principais causas de dívidas no Brasil.

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Cartão de crédito: aliado ou vilão para quem quer fugir do endividamento?

Os brasileiros até sabem lidar com despesas fixas como alimentação, água e energia. Mas aqueles gastos adicionais, que muitas vezes podem ser parcelados ou pagos com crédito, tornam a gestão financeira doméstica mais desafiadora.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em parceria com o portal Meu Bolso Feliz, 52 milhões de brasileiros usam a função crédito no dia a dia. O Brasil é o país que mais usa cartão de crédito na América Latina.

O número de cartões ativos no país já alcança a marca de 87 milhões. Na prática, isso quer dizer que muita gente por aí tem mais que dois cartões, mesmo que eles tenham anuidade e não ofereçam nenhuma vantagem.

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Com esse cenário, o número de dívidas tende a aumentar também, pois abre espaço para atrasos no pagamento, o que gera multas e mais juros, além dos juros já inclusos em parcelas. Assim fica difícil fugir do endividamento

Inflação dificulta a fuga do endividamento

Para a professora Tcharla Bragantin, coordenadora dos cursos de Administração e de Ciências Contábeis do Centro Universitário Módulo e Faculdade São Sebastião (FASS), o principal motivo dos endividamentos na atualidade é o aumento da inflação.

Como consequência, há a diminuição do poder de compra das famílias. Nos últimos meses os itens básicos de sobrevivência aumentaram muito o valor e em contrapartida não houve o acompanhamento do poder de compra.  

A taxa Selic hoje está em 13,75%. “O Banco Central, através do Copom, vem aumentando essa taxa como uma forma de frear o acesso ao crédito. Ou seja, tentar diminuir a circulação de dinheiro, gerando um desequilíbrio entre a oferta e a demanda”, explica o coordenador dos cursos de Ciências Contábeis e de Finanças do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), Cristiano Rodrigues.

“Quanto menor a demanda e maior a oferta, a tendência é que os preços reduzam, porque as pessoas e empresas não conseguirão vender e a única forma de realizar a venda é abaixando o valor do preço, do produto ou do serviço. Então nesse momento se endividar não é o caminho”, sustenta ele.

Desenho de um cofre de porquinho afundando em água para ilustrar o endividamento
Cartão de crédito, cheque especial e inflação dificultam saída do endividamento

Cheque especial também é causador do endividamento

O cheque especial também é um dos maiores causadores do endividamento dos brasileiros. Principalmente entre aqueles que permanecem meses sem se preocupar em sair desta situação.

Resultado: quando percebem, estão devendo uma enorme quantia de dinheiro sem saber que isso aconteceu devido aos altos juros do cheque especial.

Essa história é muito comum e leva à ruína financeira de muitas famílias.

O ideal é que você entenda que o cheque especial não faz parte da sua renda mensal. Portanto, não deve ser usado.

Para isso, faça uma análise de seus gastos. Se entrou no cheque especial, só existe um jeito de se livrar dele: pagando a dívida!

Confira com o seu banco as condições de negociação da dívida. Na maioria das vezes, as instituições financeiras permitem o parcelamento do valor devido, com acréscimo de juros.

Ao optar por isso, você corre o risco de perder o limite do cheque especial.

Uma solução simples e vantajosa é substituir a dívida do cheque especial por outra com taxas de juros mais baixas.

Entenda como funciona o empréstimo pessoal e não perca mais tempo com juros altos.

Como fugir do endividamento? Veja 3 dicas

1 Cuidado com o cartão de crédito

O cartão de crédito pode ser o maior vilão das finanças dos brasileiros e principal agente do endividamento. No entanto, se bem usado, pode ser um aliado no planejamento financeiro.

O segredo é controlar melhor os  gastos no cartão seguindo essas dicas:

  • escolha bem o cartão, veja se ele oferece algum benefício, como programa de pontos
  • não pague anuidade (a menor que o programa de pontos seja muito bom), existem vários cartões sem anuidade no mercado
  • evite o acúmulo de parcelas
  • não aceite cartões com limites acima da sua renda
  • planeje-se para não deixar atrasar nenhuma fatura

2 Proteja seu dinheiro da inflação

Sendo a inflação uma das maiores inimigas de quem quer fugir do endividamento, é preciso se proteger dela.

E a melhor forma de fazer isso é fazendo o seu dinheiro vencê-la, render acima da inflação. Ou seja, investir. 

Existem vários investimentos que rendem acima da inflação. Mesmo para quem nunca investiu ou está começando, a renda fixa cumpre esse objetivo e pode ser uma grande aliada contra o endividamento. 

3 Tenha um planejamento financeiro

Embora pareça óbvio, essa é uma regra fundamental para quem quer fugir do endividamento ou mesmo para quem já está inadimplente. 

O primeiro passo, sugere o professor Cristiano Rodrigues, é verificar custos e despesas fixas e variáveis. Veja se não existem formas de reduzir ou até mesmo cortar alguns desses custos, se o seu caso exigir medidas mais radicais. 

Se o seu caso é de alguém que ganha muito pouco e não tem perspectiva de conseguir um salário melhor no curto prazo, uma alternativa pode ser fazer renda extra.

Ou seja, buscar atividades que ocupam pouco tempo com as quais possa obter um trocado a mais.

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Colaboração: Rafael Massadar, Tamires Silva

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