Bitcoin a 20 mil dólares: barganha ou o há espaço para mais quedas?

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Ilustração de uma criptomoeda de Bitcoin com uma seta em um gráfico apontando para baixo
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Quem já estava no universo cripto em novembro do ano passado, quando o Bitcoin superava os 68 mil dólares ou 350 mil reais na cotação do momento, jamais poderia prever tamanha queda em menos de seis meses.

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Honestamente, eu jamais pensei que o Bitcoin voltaria ao patamar de 20 mil dólares em 2022.

O aumento das taxas de juro globais somado à possível recessão global pesou ainda mais no preço do Bitcoin, pois a criptomoeda é considerada um ativo de risco e em cenários de recessão global são estes os ativos que mais sofrem.

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Bitcoin e a Inflação

A maré baixa também coloca em cheque algo que entusiastas do Bitcoin normalmente trazem à tona como ponto positivo da criptomoeda, que é a ideia de um ativo deflacionário, e que, portanto, protege o investidor da inflação.

Se olharmos para os últimos dez a cinco anos, sim o Bitcoin protegeu seus investidores da inflação, mas se olharmos no curto prazo de um a dois anos, não houve proteção.

O investidor deve entender que apesar de o Bitcoin estar apresentando uma fraqueza de curto prazo como ativo de proteção contra a inflação, outras formas mais tradicionais de fazer hedge, ou seja, se proteger da inflação também vem demonstrando fraqueza no contexto atual.

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O ouro, o dólar e o euro são ativos que possuem maior credibilidade no mundo, portanto ativos que tendem a ganhar valor em cenários de incerteza, pois os investidores correm para ativos que, a priori, deveriam trazer segurança.

Porém, diferente do ouro, do dólar, do euro ou de qualquer moeda de países de economias mais estáveis, o Bitcoin jamais perdeu seus fundamentos e jamais será replicado ou impresso em massa.

Nos próximos meses e enquanto a recessão global durar, não há ativo completamente seguro na renda variável, nem mesmo na renda fixa se considerarmos a inflação galopante. O cenário é de pessimismo para ações, títulos públicos, renda-fixa, commodities e até imóveis.

O Bitcoin vai cair mais?

Ninguém sabe o futuro do Bitcoin. Quando o valor de cada moeda valia 1 dólar, nem os entusiastas mais apaixonados pela criptomoeda previam que o valor chegaria em 1 mil dólares, muito menos a 20 mil dólares por moeda.

A questão é, o Bitcoin pode cair mais?

Absolutamente e pode voltar até ao valor de 1 mil dólares. É por isso que o investidor precisa estudar o ativo a fundo, entender por qual razão ele está comprando este ativo e qual o preço justo que este investidor acredita que deve pagar por este ativo.

Estamos evidenciando o estouro de uma bolha?

Na minha opinião, sim. Tivemos o crash da Luna, demissões em massa nas grandes corretoras como a Coinbase e Mercado Bitcoin, além de uma evaporação de mais de 2 trilhões de dólares de valor no mercado cripto.

Como resultado de uma bolha, estamos vendo todos os ativos sofrerem, alguns perdendo completamente o valor, enquanto outros sofrem um pouco menos em relação a seus pares.

Homem segurando uma moeda de Bitcoin
Queda do Bitcoin é reflexo do cenário político e econômico mundial

Os ativos que sofrem menos serão os ativos que provavelmente sobreviverão à esta crise e se tornarão os players dominantes no mercado, o Bitcoin demonstra sinais de que sobreviverá a mais este bear market.

As crises são parte de um ciclo, toda crise passa, toda recessão é momentânea, o complicado é saber quando a crise ficará pra trás.

Pense bem, você prefere adquirir um ativo na promoção, ou prefere comprar nos recordes históricos de preço?

Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne

Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas. Fique de olho!

Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.

Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.

É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

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