O que é Open Banking, como funciona e quais as vantagens

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imagem de um banco digitalizado
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Você já deve ter escutado mais de uma vez os economistas falarem sobre Open Banking. Entretanto, ainda não entendeu o que quer dizer?

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O Open Banking vai mudar a relação dos seus dados com os bancos. O conceito promete fazer uma transformação no mundo financeiro, tornando produtos e serviços mais transparentes para o consumidor.

A ideia é conceder ferramentas para o empoderamento do consumidor, o qual terá mais opções na hora de obter um serviço bancário.

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Essa categoria já vem funcionando em outros países da União Europeia e também do Reino Unido. Além disso, está sendo estudado por outras regiões.

Quer saber mais sobre essa inovação chamada Open Banking? Então, continue a leitura deste texto!

Vamos explicar o que é esse conceito e como ele funciona, além de dizer quais são as vantagens. Boa leitura!

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O que é Open Banking?

Open Banking significa, literalmente, “banco aberto” ou “sistema bancário aberto”.

Esse conceito traz um princípio básico: é necessário abrir a variedade de opções disponíveis para o consumidor e, com isso, permitir que ele tenha mais autonomia para decidir levar suas informações financeiras para onde quiser.

Além disso, em 2019, o Banco Central (BC) emitiu um comunicado falando sobre Open Banking:

“O Open Banking, na ótica do Banco Central do Brasil, é considerado o compartilhamento de dados, produtos e serviços pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas, a critério de seus clientes, em se tratando de dados a eles relacionados, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de sistemas de informação, de forma segura, ágil e conveniente.”

O documento prevê que o modelo adotado pelo Brasil contemple:

  • dados sobre os produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes, tais como: pontos de atendimento, características dos produtos, termos e condições contratuais etc;
  • informações cadastrais dos clientes, como: nome, filiação, endereço, telefone, entre outros;
  • dados das transações dos clientes. Ou seja, é necessário informar as contas de depósitos, operação de créditos, produtos e serviços contratados pelo consumidor, e outros;
  • serviços de pagamento, tais como: inicialização de pagamento, transferência de fundos etc).

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Como funciona o Open Banking na prática?

Na prática, o sistema permite que o consumidor possa controlar suas finanças de forma integrada a partir de um único aplicativo, por exemplo.

Ou seja, não há necessidade de acessar o app de cada banco ou instituição financeira para conferir um cenário geral das aplicações, transações realizadas ou serviços oferecidos pela instituição.

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Além disso, o sistema também dispensa a inclusão de senhas das contas, uma vez que todas as informações são armazenadas em um único local.

Além dessa facilidade, o consumidor também pode optar por receber, através do mesmo aplicativo, ofertas pensadas conforme o seu perfil.

Resumindo: o Open Banking simplifica a gestão das finanças. A ideia central é organizar todas as informações, por exemplo, em um aplicativo criado por uma fintech para administrar gastos.

Ou seja, a empresa desenvolve um foco maior nos processos críticos, liberando área de interações baseadas em Interface de Programação de Aplicações ou Apllication Programming Interface (API).

O que são as APIs?

As APIS são parte de um sistema que funciona como uma interface para dialogar com outros sistemas. Veja o exemplo a seguir:

Toda vez que você acessa um site, o seu navegador só mostra informações porque está “conversando” com a API do servidor no qual a página está hospedada.

Elas são fragmentos de diversos programas usados dentro de diversos tipos de empresas. As APIs podem, no entanto, ser abertas para a comunidade.

Isso significa que terceiros também conseguem criar produtos a partir delas. As empresas de tecnologia, por exemplo, são famosas por terem APIs abertas.

Com uma API do Google Maps, função de mapas da empresa Google, qualquer pessoa pode construir um site com um mapa integrado a ele, por exemplo.

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Fases de implementação

Como você pôde perceber, essa proposta deve significar uma imensa transformação do panorama bancário no país. Por isso, o Banco Central fez questão de ressaltar que a migração será feita em quatro etapas para uma transição adequada.

Entretanto, recentemente, a instituição fez alterações no cronograma do Open Banking da fase 3 em diante.

Agora, as fases do projeto serão as seguintes:

Atualmente, o Brasil ainda está na primeira fase do Open Banking, em vigor desde 1° de fevereiro.

Nesta etapa, os bancos podem compartilhar dados sobre produtos, canais de atendimento, serviços e localização de agências. Com base nessas informações, as instituições estão habilitadas a fazer comparações por meio de APIs.

A segunda etapa entrou em vigor no dia 15 de julho deste ano. Ela vai envolver a troca de informações cadastrais e de transações financeiras, o que permitirá a portabilidade de dados com outros bancos e fintechs.

As mudanças alteraram o cronograma do Open Banking da fase 3 em diante. A partir do dia 30 de agosto, os serviços de transferência via PIX serão incluídos ao sistema bancário aberto.

No dia 15 de dezembro será iniciada a quarta etapa, que integrará produtos financeiros como operações de câmbio, de seguro, de investimentos e de previdência privada. Aliás, nessa fase o Open Banking será ampliado e passará a ser chamado de open finance.

Transferências para contas do mesmo banco e TEDs, boletos bancários e serviços de débito em conta — que inicialmente seriam integrados na mesma etapa que o PIX — vão ser incluídos somente em 2022, em 15 de fevereiro, 30 de junho e 30 de setembro, respectivamente.

Neste meio tempo, em 31 de maio do ano que vem, também ocorrerá o compartilhamento de dados de produtos financeiros dos clientes.

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A chegada do Open Banking é o início da autonomia dos seus dados bancários

Quais as vantagens do modelo Open Banking?

O modelo Open Banking apresenta diversos benefícios para os consumidores e também instituições financeiras, sejam elas tradicionais (os bancos) ou as novas fintechs.

Algumas das vantagens do Open Banking são:

  • empoderar o cliente, pois ele se torna responsável pelo compartilhamento das suas informações financeiras;
  • aumento na concorrência, fazendo com que o mercado financeiro seja cada vez mais aprimorado;
  • incentivo à modernização no setor bancário e desenvolvimento inovador;
  • maior transparência na gestão de informações do consumidor;
  • customização de produtos ou serviços a partir dos dados dos clientes;
  • organização de todos os produtos e serviços contratados em único aplicativo.

Essas são só algumas das vantagens do Open Banking. Além dessas, podemos citar também a promoção da cooperação e ambiente colaborativo entre os bancos.

E você? Já tinha ouvido falar sobre Open Banking? Se você gostou deste texto, compartilhe-o em suas redes sociais e ajude os seus amigos a entenderem sobre o assunto.

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