Investidor qualificado é a pessoa que tem um patrimônio investido em um valor maior ou igual a R$1 milhão e, também, atesta por escrito o termo de investidor qualificado. Essa denominação foi criada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em vigor desde outubro de 2015.
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De acordo com a Instrução nº539 da CVM, também são considerados investidores qualificados aqueles que seguem os seguintes perfis:
-> Pessoas físicas que foram aprovadas em exames de qualificação técnica;
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-> Agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários que tenham alguma certificação aprovada pela própria CVM;
-> Clubes de investimentos que tenham carteira gerida por um ou mais cotistas que sejam investidores qualificados.
Certificações aprovadas pela CVM
– Certificado da Ancord (agentes autônomos);
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– Certificado CNPI (analista de investimentos);
– Certificado CEA (assessores de investimento);
– Certificado CGA (gestores de recursos de terceiros);
– Cerificado CFP (planejadores financeiros).
Dessa forma, o principal objetivo da CVM ao criar esse tipo de investidor foi o de conseguir separar essas pessoas em grupos. Tendo como principal finalidade proteger o pequeno investidor dos riscos desproporcionais em relação a sua situação financeira.
Além disso, os fundos exclusivos para parte desse público costumam proporcionar uma rentabilidade maior e taxas menores quando comparados a outros tipos de aplicações.
Para aqueles que querem se tornar um investidor qualificado é importante frisar que como o mercado financeiro é dinâmico, os ganhos são elevados. Além da possibilidade de uma maior proteção. Como saber o seu perfil de investidor? Descubra!
Opções para se tornar um investidor qualificado
Patrimônio investido de R$1 milhão
Para as pessoas que têm essa quantia investida em algum patrimônio no Brasil, o processo é mais simples. É necessário solicitar o Termo de Investidor Qualificado ao seu banco ou à corretora.
É importante lembrar que o documento precisa ser assinado antes que você aplique o dinheiro em algum investimento desta categoria. E ao assinar o Termo a pessoa já atesta que tem conhecimentos sobre os demais ativos, que são restritos ao público em geral.
O futuro investidor qualificado também deve mostrar que é capaz de compreender os riscos financeiros. Estes estão relacionados à aplicação dos recursos em valores mobiliários restritos somente a esse público.
Exame de qualificação técnica
Outra forma de se tornar um investidor qualificado é realizando uma prova para atestar os conhecimentos técnicos sobre o mercado financeiro.
Os testes realizados são:
– Agente autônomo de investimentos da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias;
– Analista de Valores Mobiliários CNPI – Programa de Certificação Nacional;
– Módulos I e II do programa de Certificação de Gestores da ANBIMA.
Lembre-se que essas provas têm como principal objetivo apontar se você está apto ou não para aplicar em investimentos que são considerados mais complexos e arriscados.
Por isso, eles não são indicados para quem está iniciando. Para quem já tem experiência no mercado financeiro, os testes podem ajudar a atingir um novo grau na carteira.
Como essas provas costumam ser bastantes específicas, é importante que você invista em um curso antes. Isso porque são citados alguns termos de legislação de investimentos, noções de economia e até mesmo formas de hedge (operação que reduz ou elimina o risco com a variação de preços indesejados).
Vantagens e desvantagens de ser um investidor qualificado
Agora que você já sabe o que é e como se tornar um investidor qualificado, chegou a hora de saber quais são os prós e os contras. O lado bom é que são mais vantagens do que desvantagens, uma vez que é uma classificação com inúmeros benefícios ao mercado financeiro individual.
A primeira e principal vantagem de um investidor qualificado é, sem dúvidas, a quantidade de investimentos à disposição. Por exemplo, a CVM permite o acesso a ativos que até então eram restritos. Outro ponto a se destacar são as taxas de rentabilidade que ficam ainda mais atrativas do que as que são ofertadas aos investidores comuns.
Mais uma vantagem de um investidor qualificado é poder investir em Fundos de Investimentos ou índices que proporcionam custos ainda menores. Um exemplo disso é a taxa de administração que aparece mais barata do que as que são oferecidas aos demais investidores. Confira sete dicas de aplicativos para investidores.
As muitas vantagens também trazem uma desvantagem. Com essa variedade de investimentos, surgem riscos associados e em muitos casos acabam sendo de forma elevada para o investidor.
Essa é uma categoria de grande conhecimento prático do mercado financeiro. Por esse motivo é importante que o investidor qualificado tenha noção dos ativos para conseguir lidar e correr o mínimo de risco possível.
Quais são os riscos de um investidor qualificado?
Como dito no tópico anterior, ser um investidor qualificado tem suas vantagens e muitos benefícios. No entanto, atrelada a isso vem uma série de riscos para colocar o sinal de alerta ligado.
Por esse motivo, antes de tomar qualquer decisão é recomendado que o investidor procure sempre identificar quais são os possíveis riscos em todos os procedimentos, sejam eles envolvendo dinheiro ou pessoas. Isso porque podem ocorrer perdas.
O investidor qualificado costuma ter investimentos com graus mais complexos e de estruturas pouco conhecidas. Por isso, precisa ter cuidado, atenção redobrada e bastante atenção na hora de montar a carteira.
Entretanto, o risco mais constante é no que se refere ao conhecimento sobre o mercado e os próprios ativos. É de suma importância conhecer todos os detalhes a respeito para não correr nenhum risco.
A Comissão de Valores, por entender que o investidor conhece esse mercado, não cobrará nenhuma série de documentos e tampouco mandará avisos prévios a respeito dos riscos.