O maior clichê do mercado do mercado financeiro e das criptomoedas, como os Bitcoins, é a frase que todo mundo já ouviu daquele amigo que acha que sabe tudo, sobre tudo, e chega na roda e diz: “o segredo é comprar na baixa e vender na alta”.
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De fato, quem consegue fazer isso repetidas vezes, conseguirá ganhar muito dinheiro. Mas no mundo real, ninguém, nem mesmo os mais experientes investidores conseguem prever o mercado e comprar na baixa e vender na alta sempre.
Buy and hold e os juros compostos
O método mais testado de se ganhar no mercado financeiro ou das criptomoedas é o “buy and hold”, que em português seria “comprar e segurar”, que basicamente consiste em escolher bons ativos, comprar e segurar para sempre ou pelo máximo de tempo possível.
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Na equação dos juros compostos o fator exponencial é o tempo, ou seja, o tempo é a única variável capaz de multiplicar o capital inicial no longo prazo.
Além disso, também está provado e testado que se um investidor compra um ETF do S&P 500, que replica as 500 maiores empresas dos EUA, e segurar por pelo menos uma década, a possibilidade deste investidor perder dinheiro após estes 10 anos é ínfima.
A importância do foco no longo prazo
Mas vamos voltar ao Bitcoin que é o foco desta coluna, o Bitcoin mal completou uma década de existência, portanto não é assim tão fácil dizer que se testou e se provou no tempo. Uma década é um tempo muito curto para estabelecer qualquer verdade sobre um ativo ou traçar objetivos de longo prazo baseado no seu histórico.
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Porém, na última década, o Bitcoin foi o ativo que mais se valorizou em comparação com qualquer outro ativo negociado publicamente, com uma média anual de aproximadamente 180% – isso em dólar. Não deixa de ser um argumento forte a favor da criptomoeda, mas nada garante que esse crescimento anual extraordinário continuará pela próxima década.
Um estudo recente também mostrou que se um investidor comprar Bitcoin e segurar por pelo menos 1.020 dias, ou seja, mais ou menos três anos, o investidor historicamente não perderá dinheiro, isso na matemática, eu acredito que no atual preço, muito menos tempo.
Hold on for dear life – HODL
No universo das criptomoedas, o “buy and hold” é conhecido somente pela sigla HODL que seria um acrônimo para “hold on for dear life”, em português seria algo como “segure até quando puder”.
O HODL virou um mantra para os entusiastas e investidores de criptomoedas, principalmente em cenários de queda repentina nos valores.
Eu sou completamente a favor do mantra do HODL. Vejo o Bitcoin como um ativo que o qual os investidores deveriam focar somente em acumular, pelo menos pelas próximas duas décadas, pois mesmo quando o preço do ativo dispara para cima e fico tentado a vender para realizar lucro, eu penso comigo mesmo: “vou vender para comprar o que? Mais Bitcoin?” desta forma chego à conclusão de que não vale a pena mexer na minha carteira.
A janela de oportunidade dos Bitcoins é sempre agora
Para quem está começando nas cripotmoedas, ainda há tempo. Comprar Bitcoin hoje próximo aos R$200.000 pode ser como comprar um terreno na Faria Lima há 100 anos, o potencial de valorização é enorme como sabemos bem e a oferta é extremamente limitada.
Os acontecimentos de 2020, 2021 e 2022 não tiveram qualquer relação com a criação do Bitcoin em 2008, porém esses acontecimentos acabaram por provar ainda mais o quanto precisaremos e utilizaremos as criptomoedas. Em 2020 e 2021 os acontecimentos refletiram no aumento do preço, em 2022 ainda não, ainda…
O Bitcoin é e continuará sendo por muito tempo a moeda que reina no universo das criptomoedas. Sendo assim, quem se desfazer de qualquer fração de Bitcoin nas próximas duas décadas provavelmente se arrependerá.
Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne
Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas. Fique de olho!
Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.
Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.
É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
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