13 anos de Bitcoin: há sinais para uma adolescência rebelde?

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Criptomoeda Bitcoin com gráficos ao fundo
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Em janeiro de 2009, o primeiro bloco de Bitcoin foi minerado. Esta é uma data simbólica, pois estava nascendo uma tecnologia que revolucionaria o mundo em que vivemos.

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Isto logo após anos desesperadores de crise financeira entre 2007 e 2008 que trouxeram à tona a importância de um sistema de pagamentos peer-to-peer e descentralizado, ou seja, de pessoa para pessoa sem um intermediário, neste caso bancos centrais e instituições financeiras.

A alta volatilidade sempre esteve presente no histórico do Bitcoin. Entre os anos de 2010 e 2017, houve diferenças percentuais na casa dos 3 e 4 dígitos, o que significa uma diferença enorme no mercado de renda variável.

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Porém, ao passar dos anos, podemos ver também que a volatilidade vem sendo cada vez menor, o que demonstra a consolidação do ativo.

Não dá para ignorar que, na média, desde 2010 o Bitcoin teve um retorno anual de 1574%, o que o coloca na ponta de rendimentos sobre qualquer outro ativo existente no mercado de ações, commodities e criptomoedas nos últimos 13 anos.

Recorde histórico no hashrate

Além da entrada na adolescência, outro fato marcante para o ativo digital mais valioso do mundo é o recorde histórico na taxa de computacional da rede, ou seja, o hashrate.

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Basicamente, o hashrate é um indicador da combinação global de poder computacional utilizado por mineradores da moeda para processar e validar as transações no blockchain do Bitcoin.

Quando o indicador está em alta, como neste momento, isto indica que o blockchain está cada vez mais seguro contra possíveis ataques hackers (que jamais ocorreram), que a rede do Bitcoin performará mais rapidamente e que existem mais mineradores conectados ao blockchain.

Quando se aumenta o número de mineradores, se descentraliza ainda mais a rede consequentemente.

Ataques do governo chinês contra o Bitcoin perdem força

Os múltiplos ataques e proibições do governo chinês ao Bitcoin causaram uma grande baixa no hashrate no ano passado, pois o direcionamento dos ataques do governo era exatamente sobre os mineradores.

O retorno do hashrate à sua máxima histórica demonstra que os mineradores continuam operando de outros países mais favoráveis ao Bitcoin, incluindo Estados Unidos, Islândia, El Salvador e Cazaquistão.

As proibições do governo chinês não devem ceder, porém vejo isto como oportunidade para países que não tomarão medidas nesta direção e para o próprio Bitcoin que tem como ideia fundamental a independência de governos e bancos centrais.

O que esperar da adolescência do Bitcoin?

Não dá para prever muita coisa sobre o Bitcoin e não dá para desacreditar em qualquer possibilidade daquilo que pode acontecer com o ativo digital. O que eu acredito é que o Bitcoin vem se provando ao longo dos anos e nada como o tempo para mostrar o valor real das coisas.

Eu vejo a adolescência do ativo, ou seja, os próximos sete anos como uma fase de crescimento, bastante rebeldia (traduzida em volatilidade) e tentativas distintas de governos de freá-lo ou de institucionalizá-lo.

Hoje já vejo o Bitcoin como um ativo de reserva de valor muito melhor que o ouro, a sua penetração e adoção por indivíduos e instituições é crescente.

Levando em conta que o ouro hoje vale 10 trilhões de dólares aproximadamente, e o Bitcoin 1 trilhão de dólares, podemos ver facilmente um potencial de valorização enorme de um ativo que na média vem batendo o ouro ou qualquer outro ativo de reserva de valor, como uma fazenda por exemplo, em criação de valor à quem o possui.

Vale lembrar que a adolescência é uma fase de criação de caráter e basicamente só o começo da vida, ou seja, estamos só no começo!

Conheça Renato Carvalho, colunista do FinanceOne

Com vasto conhecimento sobre o mercado de moedas digitais, Renato Carvalho é o novo colunista do FinanceOne. Semanalmente, ele traz informações importantes sobre criptomoedas. Fique de olho!

Renato é administrador com experiência como executivo do setor de educação internacional e empresas de consultoria empresarial e auditoria “BIG 4”.

Investidor de renda variável desde sua adolescência, produz conteúdo de educação financeira, mostrando o que faz com o seu próprio dinheiro “skin in the game”. Especialista em criptoativos e negócios disruptivos.

É Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Université Libre de Bruxelles (Bélgica) e mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

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