Você sabe o que é Cloud Computing? Na tradução livre, significa “Computação na Nuvem” e é a entrega de serviços de computação – incluindo servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software, análise e inteligência – pela Internet para oferecer inovação mais rápida, recursos flexíveis e economias de escala.
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Dentro desta gama de serviços, existem vários usos da computação em nuvem nos negócios – os principais são armazenamento em nuvem, backup em nuvem, software como serviço e hospedagem em nuvem.
Recentemente participei de um painel na qualidade de embaixador da Oi Soluções com o Rodrigo Abreu, CEO da Oi, sobre esse tema e posso dizer com convicção que todos esses usos da Cloud, se bem definidos pelas empresas, podem significar um avanço para qualquer tipo de negócio que esteja disposto a investir neste tipo de solução tecnológica.
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Mas, como?
A Cloud Computing pode fornecer às empresas uma maneira econômica de aumentar e acelerar sua escalabilidade ou oferecer segurança cibernética.
Além disso, as empresas pagam apenas pelos serviços de nuvem que usam, ajudando a reduzir seus custos operacionais, executar sua infraestrutura com mais eficiência e dimensionar à medida que suas necessidades de negócios mudam.
Apesar dos claros benefícios que envolvem aumento da eficiência dos processos e economia de custos, organizações estão ainda longe de enxergar a nuvem como um braço indispensável nos negócios.
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De acordo com um relatório da McKinsey, apenas o 13% dos Boards de organizações entre empresas privadas, públicas e nonprofit tem esse tema na pauta do Board, e que olhando apenas para empresas privadas, esse número sobe apenas para 27%.
Ou seja, um número extremamente baixo se considerarmos a gama de vantagens que a Cloud tem a oferecer.
A verdade é que, enquanto as empresas continuarem vendo o serviço de Cloud Computing como um assunto técnico, estaríamos limitando o entendimento do seu potencial.
Por isso, bato na tecla de nos atentarmos cada vez mais a uma migração de on-premise para a Cloud e listo aqui os principais fatores que contribuem com essa teoria:
– Agilidade
– Vantagem competitiva
– Oportunidade de entrar mais rapidamente em novos mercados
Como salientado na publicação da McKinsey, “A nuvem ajudará as organizações a reduzirem os custos de TI e apoiar a inovação por meio de tecnologias emergentes poderosas. Ao democratizar o acesso ao poder computacional e à infraestrutura, organizações e indústrias que anteriormente não eram altamente competitivas do ponto de vista da tecnologia digital, ou que enfrentam altas barreiras de entrada e custos iniciais, poderiam utilizar os recursos para remodelar seus produtos e cenários competitivos.”
A Cloud também traz desafios específicos que devem ser considerados e resolvidos através de uma discussão estratégica, que vai além do volume de investimentos. Alguns deles são:
– Talentos: foco não somente na aquisição de talentos, mas também no investimento significativo, planejamento, mudança de mentalidade de talentos especializados.
– Compliance e segurança: modelos exclusivos de preços e custos, desafios na migração e preocupações com conformidade e segurança. A pandemia exacerbou os problemas de conformidade e segurança devido à rápida implementação de serviços baseados em nuvem em resposta às restrições de bloqueio.
–Novos modelos operacionais e estratégias de negócios relevantes: mesmo após a pandemia, as experiências compartilhadas deste período estabelecerão a nuvem como uma ferramenta estratégica para fornecer uma plataforma ágil para desenvolver soluções mais rapidamente, sem gastos de capital (capex) para infraestrutura de TI.
O que podemos aprender com o modo que a Cloud Computing é utilizada?
De fato, é clara a correlação positiva entre a aceleração de canais digitais em negócios tradicionais, e a adoção e o consumo de cloud computing – coisa que foi muito forte no mundo na pandemia, particularmente no Brasil- mas que nos Estados Unidos foi forte, mas já antes da pandemia em canais digitais como e-commerce por exemplo, onde eram mais maduros.
Em paralelo, a Europa é menos early-adopter na adoção de tecnologias avançadas como o cloud.
Certamente a aceleração de telemedicina, do e-commerce de supermercados, de marketplaces, e assim por diante, forçado pela pandemia, acelerou os investimentos nos Estados Unidos também.
Os EUA de longe são os líderes na adoção de cloud, com investimentos superiores a 200 bilhões de dólares, o que é seis vezes o volume da China. Isso nem se compara aos investimentos dos maiores países na Europa, como UK e Alemanha.
A realidade é que a Cloud Computing acelerou demais durante a pandemia: dados da Gartner apontam que em 2021 os gastos em cloud computing no mundo aumentaram de 18.4%, o que aponta que ainda há muito espaço para crescer.
E isso nos leva a um ponto importante, que inclusive debati num painel recente em Nova Iorque sobre migração de on-premise para cloud em empresas tradicionais, ou seja que mesmo que já bem consolidado nos Estados Unidos, ainda vemos muitas oportunidades de crescimento em Cloud, mas ao mesmo tempo desafios:
Uma estatística da Flexera aponta que as organizações têm dificuldade em controlar a ampliação de investimentos, e estão ou acima do orçamento de 13% em média, assim como desperdício de gastos (com 32% dos investimentos considerados como desperdiçados).
O que tudo isso nos faz entender sobre a Nuvem?
Fundamentalmente a Cloud Computing pode, e vai, reformular a forma em que aplicações de todos departamentos de uma empresa são hospedadas, e percorrem de consequência, basicamente como uma “nova eletricidade” dos tempos atuais.
Então, precisamos olhar para regiões mais maduras como EUA em busca de aprendizados sobre quais são alguns dos desafios que vão surgir com a aceleração da adoção de cloud que está acontecendo hoje em dia.
Conheça Andrea Iorio, colunista do FinanceOne
Escritor best-seller sobre transformação digital, inovação e liderança, Andrea Iorio é novo colunista do FinanceOne. Os textos são publicados mensalmente. Fique atento!
Iorio é economista formado na Universitá Bocconi na Itália, com Mestrado em Relações Internacionais pela Johns Hopkins University, palestrante profissional. Italiano radicado no Brasil, ele foi Diretor do Tinder na América Latina por cinco anos e Chief Digital Officer na L’Oréal.
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