Ter uma reserva de emergência é essencial para um freelancer. Principalmente porque a pessoa que trabalha com esse modelo não tem benefícios, como férias remuneradas ou auxílio em caso de doença.
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E não são poucos no Brasil. Dados do IBGE mostram a taxa de informalidade está em 41,1%. O equivalente a 38,4 milhões de pessoas entre os trabalhadores ocupados.
O número de microempreendedores individuais (MEIs) também cresceu. O país ultrapassou, em março de 2019, a marca de 8 milhões, fechando o mês com 8.154.678 cadastros.
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No entanto, metade dos brasileiros que são freelancers não se importam com isso. É o que mostra um levantamento “Freela$: como nos relacionamos com o dinheiro”.
O levantamento mostra que 50% dos freelancers não têm nenhuma reserva de emergência. E entre os que conseguiram acumular algum dinheiro, 21% possuem reserva de até três meses e 29% acima de três meses.
A pesquisa ainda mostra a dificuldade do profissional independente em manter as finanças em dia com uma renda que varia todos os meses.
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- 66% dos freelas não conseguem guardar dinheiro todos os meses;
- 59% não conseguem tirar férias;
- 41% não têm nenhum tipo de investimento para aposentadoria.
Por que os freelancers não guardam dinheiro?
Um sinal de alerta que a pesquisa aponta é que 66% dos que responderam à pesquisa não conseguem guardar dinheiro de forma recorrente. Isso ocorre mesmo que em uma pequena parcela todos os meses. Os motivos são:
- 43% dos freelancers acham que cobram abaixo do valor do mercado por seus serviços;
- 92% dos freelancers recebem até R$ 2 mil mensais por seu trabalho;
- 46% dos freelancers não possuem empresa aberta para prestar serviços como PJ.
Como fazer um reserva de emergência?
1 – Controle os seus gastos
Essa parece ser uma dica simples, mas é nisso que a maioria dos freelancers encontram dificuldades na hora de fazer uma reserva de emergência.
Para que isso seja possível, faça uma lista com seus custos fixos. Ela vai te indicar o quanto será necessário ganhar naquele mês para pagar todos os boletos.
Mesmo que seja mais complicado ter uma previsibilidade na renda, é possível estabelecer metas diárias e semanais. Outra decisão importante é rever o seu estilo de vida e cortar gastos supérfluos
Uma maneira simples e descomplicada para conseguir esse objetivo é o uso de aplicativos de finanças pessoais. A partir deles, é possível registrar todos os seus gastos, o que permite conhecer melhor a sua realidade.
2 – Fuja das dívidas
Os juros são grandes vilões do seu orçamento. Quando você não paga uma fatura de cartão de crédito, por exemplo, o valor devido aumenta a cada mês.
Portanto, a falta de controle pode se transformar em cifras praticamente impossíveis de quitar.
Se você tem o nome sujo, o primeiro passo é buscar formas de pagar as dívidas. Procure a instituição e negocie uma diminuição no valor, com parcelas mais em conta ou desconto à vista.
Existem feirões que conectam as duas partes e proporcionam até 98% de abatimento.
3 – Defina os seus objetivos
Para organizar sua vida financeira, você precisa saber onde quer chegar. Estabelecer metas ajuda a economizar dinheiro porque é mais fácil poupar com algo claro em mente.
Esses objetivos devem ser palpáveis. Ou seja, que possam ser mensurados e adaptados. Portanto, defina uma data para cada meta, como “trocar de carro” e “fazer a viagem dos sonhos”, e busque formas de economizar para cumpri-los.
Contudo, lembre-se que não é preciso se privar de muitas coisas para isso — a simples organização já permite um orçamento mais flexível.
4 – Faça investimentos
Os investimentos são uma forma de aumentar a sua renda. No entanto, antes de procurar as melhores oportunidades no mercado, é importante zerar as suas dívidas e criar a reserva de emergência.
Depois, separe 10% da sua renda para investir. O que deve ser dividido entre objetivos próximos, como trocar de carro, e mais distantes, como a aposentadoria.