Pesquisa mostra maior uso da reserva da poupança

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Cada vez mais brasileiros usam parte da reserva da poupança. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

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Segundo o levantamento, em junho deste ano, 13,3% dos brasileiros queimaram reservas financeiras para bancar as contas do dia a dia.

A situação é mais complicada entre os mais pobres. Entre os brasileiros que ganham até R$ 2,1 mil, 8,2% usaram parte da reserva da poupança. Deste total, 15,1% se declararam endividados.

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Já entre os que ganham acima de R$ 9,6 mil, 16,1% usaram as economias próprias. No entanto, apenas 3,7% declararam possuir dívidas.

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Brasileiros estão pessimistas

O Ibre/FGV constatou que o brasileiro ficou mais pessimista em junho sobre a situação atual da economia. De acordo com a pesquisa, são 71,8%. Esse é o menor nível desde setembro de 2017.

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Para os próximos meses, o pessimismo fica ainda maior: está em 90% dos brasileiros. O menor nível desde agosto de 2017.

Sobre a situação financeira no momento, o indicador do Ibre/FGV apontou um recuo para 66,8 pontos. Esse é o dado mais baixo desde outubro de 2017.

Endividamento é alto

O uso da reserva da poupança é explicado por diversos fatores. Um deles é o resultado verificado pela pesquisa do Serasa Experian.

O estudo mostra que 61,2 milhões de pessoas estão inadimplentes no país. Esse número corresponde a 36% da população economicamente ativa do país, de 169,1 milhões.

Ainda de acordo com a pesquisa, o montante alcançado pelas dívidas atrasadas foi de R$ 271,7 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.438 por pessoa.

Na comparação com abril de 2017 (60,1 milhões), o índice teve alta de 1,9%. Na relação com o mês anterior (março: 61,0 milhões) também foi verificado crescimento de 0,4%.

Percentual de pessoas com dívidas atrasadas por região

Sudeste – 45,1%;

Nordeste – 25,2%;

Sul – 12,7%;

Norte – 8,9%;

Centro-Oeste – 8,1%.

Cartões na liderança das dívidas

crédito
Cartões de crédito: modalidade foi a mais utilizada por brasileiros

A pesquisa do Serasa aponta também que as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito em abril de 2018 lideraram entre os brasileiros. As principais dívidas que estão consumindo a reserva da poupança dos brasileiros são:

– Dívidas com bancos e cartões de crédito – 28,6%;

– Utilities (água, luz e gás) – 19,2%;

– Varejo – 12,6%;

– Telefonia – 11,5%;

– Serviços – 10,9%;

– Financeira/ Leasing – 10%;

– Outros – 7,3%.

A maior concentração dos negativados está no gênero masculino, que representa 50,8% dos inadimplentes. A maioria das pessoas com débitos vencidos tem entre 41 e 50 anos (19,7% do total).

Em segundo lugar no ranking de participação entre os inadimplentes estão os jovens de 18 a 25 anos. Eles respondem por 14,2% do total.

Desemprego explica dívidas e uso da reserva da poupança

O desemprego atingiu 13 milhões de brasileiros em junho. Os dados são da Pnad Contínua do IBGE, divulgados em meados de julho.

A taxa de desocupação do trimestre de abril a junho deste ano foi de 12,4%. O percentual era de 13% no mesmo período do ano anterior, quando o país tinha 13,5 milhões de pessoas desempregadas.

Em relação ao rendimento médio real dos brasileiros ocupados, o levantamento mostra que é de R$ 2.198. O valor se manteve estável em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o valor era de R$ 2.174.

Custo dos juros também é um vilão

O governo federal modificou a política de regras do cartão de crédito e do cheque especial, mas ela ainda não resultou em benefícios para os brasileiros. O custo dos juros cobrados pelos bancos para o crédito pessoal e o financiamento de dívidas ainda é alto.

Mesmo com a taxa Selic em baixa, as taxas médias de crédito ficaram estáveis ou até subiram em menos de 12 meses, segundo informações divulgadas pelo Banco Central. A taxa média do rotativo do cartão de crédito em março chegou a 243,5% ao ano.

Já o cheque especial cobra juros médios de 324,7%. O crédito pessoal não consignado está no mesmo nível de junho de 2017: 125% ao ano.

Fuja das dívidas

Para não gastar a reserva da poupança, tente acabar com suas dívidas. É difícil, sim, mas é possível.

A primeira atitude a ser tomada deve ser entender como e por que você chegou nesta situação. Você precisa descobrir, por exemplo, se está gastando mais do que sua renda permite e ver para onde está indo o seu dinheiro.

Utilize uma planilha, aplicativo ou mesmo um caderno para listar todos os débitos. Escolha a opção que oferecer maior facilidade para controlar. Após essa reorganização, faça uma redução de gastos. Corte tudo que for supérfluo.

Depois de descobrir o real motivo do endividamento, é hora de começar a quitar suas dívidas. Privilegie as que possuem juros mais altos, como as do cartão de crédito e cheque especial.

Caso não consiga economizar o valor necessário, uma saída pode ser encontrar uma linha de crédito que tenha menos juros do que os seus credores.

Por fim, procure uma renda extra. Invista em alguma atividade que possa realizar para ganhar mais dinheiro.

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