Se você investe no Tesouro Direto é porque sabe que ele é conhecido como um dos investimentos mais seguros que existem.
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Isso porque é uma aplicação de renda fixa, que paga, ao fim da aplicação, tudo o que o investidor aplicou mais os juros prometidos.
Mesmo tendo características de segurança e de boa rentabilidade, o investidor precisa tomar cuidado. Porque mesmo sendo um investimento tão seguro, você pode perder dinheiro com o Tesouro Direto.
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Como isso acontece? Assim como todo investimento, os preços dos títulos públicos sofrem variações durante o dia todo.
Porém, essas oscilações não costumam ser tão bruscas, quanto as da Bolsa de Valores, por exemplo.
Mas, caso o investidor decida vender o papel naquele momento, pode sair tanto com valores maiores quanto menores do que imaginou inicialmente.
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O que acaba incluindo a possibilidade de perdas em relação ao que investiu.
Se você já ficou preocupado, calma. Porque a boa notícia é que essas oscilações só valem para quem desiste do título antes da data do vencimento.
Sendo assim, os investidores que seguram os papéis até o fim, recebem exatamente o que contrataram.
É importante que os investidores entendam como funcionam e de onde surgem essas variações. As pessoas que precisarem resgatar os títulos antes do planejado, por sua vez, estarão refém das oscilações.
Já para os investidores mais arrojados, entender como funciona essas oscilações também é uma forma de tentar ganhar com o mercado de vendas antecipadas dos títulos públicos.
Um exemplo é que existem títulos que já valorizaram mais de 90% em apenas um ano.
Saiba como funciona as variações do Tesouro Direto
Para começar, o Tesouro Direto é um pedaço da dívida pública federal que é vendida para as pessoas físicas e pequenos investidores. Existe um grande mercado de compradores, na qual essas negociações acontecem.
Sendo assim, trata-se de um mercado secundário de títulos públicos federais. E são bancos, fundos de investimentos, empresas e fundos de pensão comprando e revendendo títulos entre si.
Apenas os pequenos investidores movimentam, no Tesouro Direto, em torno de R$120 milhões por dia útil. Entre os investidores iniciais são R$35 bilhões diários, um volume quase 300 vezes maior do que o dos pequenos.
Sendo maior até do que a Bolsa de Valores brasileira, em que as pessoas físicas e os investidores institucionais juntos, movimentam R$16 bilhões por dia.
Assim como o preço das ações na Bolsa de Valores, os juros dos títulos variam de acordo com a demanda e as expectativas dos grandes compradores.
Um exemplo disso é quando os riscos na economia do país estão baixos. Se a expectativa é de que os juros caiam no futuro, eles vão aceitando comprar papéis com remunerações baixas.
De modo que os juros negociados também caiam. É necessário ficar de olho em diversos fatores externos, como os juros futuros, a inflação e até mesmo a taxa Selic.
Dessa forma, o Tesouro Direto sempre repassa para os investidores individuais exatamente os mesmos juros que estão sendo praticados pelos grandes no mercado institucional.
Aprenda a checar as variações do Tesouro Direto
Se você quer ver as variações do Tesouro Direto, é possível acessar o site do investimento, o histórico da variação e preços de cada título.
O valor que aparece no saldo dos investidores que já têm títulos leva em consideração o valor do momento, de acordo com a marcação do mercado.
Refletindo dessa forma, o quanto o investidor irá receber caso venda naquele momento.
E, não o valor proporcional ao que terá direito a receber no vencimento. Além disso, você ainda pode verificar os diferentes tipos de títulos públicos existentes.
A plataforma do banco ou da corretora também deve ter a lista de títulos à venda com os prazos e os juros.
Vale ressaltar que as condições são sempre as mesmas, independente da instituição financeira. O que muda é o valor da taxa de manutenção.
Saiba como ocorre a mudança dos preços dos títulos
Toda vez que os juros de um título mudam, um recálculo é realizado para que o preço dele altere junto.
Esse fator é chamado de marcação a mercado. É esse valor que o investidor terá o direito de receber caso opte por resgatar os títulos ou parte deles antes do vencimento.
E no Tesouro Direto é o próprio investimento que recompra o papel e paga por ele o valor que estiver no momento. A conta feita da seguinte forma:
Se os juros sobem, o valor do título cai. Agora se os juros caem, o valor sobe. Isso significa que aqueles que têm títulos na mão à juros altos, verão os papéis se valorizarem caso os juros caiam.
E os que compraram a juros baixos, terão desvalorização quando os juros subirem.
Os juros oferecidos pelo Tesouro acompanham a tendência da taxa básica de juros da economia.
Além disso, eles refletem mais a expectativa dos grandes investidores para os juros no futuro, do que a Selic em si.
E é por esse motivo que não é raro acontecer de os juros dos títulos públicos não caírem quando a Selic é cortada pelo Banco Central.
As taxas não caem na mesma proporção ou caem vários dias ou meses antes do corte do Banco Central.