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Em um cenário de juros altos, vale a pena financiar casas e carros?

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Homem e mulher fazendo contas

O ano de 2022 foi marcado por constantes altas nos juros da economia brasileira, ligando um sinal de alerta para quem sonha em comprar a casa própria. Isso porque, com os juros altos – Selic a 13,75% –, cresce também o percentual cobrado sobre a tomada de empréstimos e financiamentos, afetando diretamente o setor.

Especialistas apontam para uma redução gradual dos juros, uma vez que o Brasil enfrenta uma deflação após vários períodos de alta, mas os juros de financiamentos devem voltar ao patamar competitivo de mercado apenas no final de 2023.

Com isso, muitos brasileiros têm se perguntado se devem esperar pela redução das taxas de juros ou comprar agora mesmo. Se você faz parte dessa parcela da população, é hora de se planejar. Saiba o que diz o mercado e quais são as expectativas para o próximo ano.

Como os juros altos afetam negativamente os financiamentos?

Compreender o cenário econômico brasileiro é fundamental para tomar boas decisões, especialmente quando envolve um financiamento imobiliário ou de carro. Com a Selic (taxa básica de juros) a 13,75% ao ano, os juros cobrados nos financiamentos de casas e carros também crescem, já que, quanto maior a Selic, maior o custo do crédito. 

Além disso, o Brasil tem uma péssima marca perante os bancos: em 2022, mais de 66 milhões de famílias estão endividadas. Com isso, os bancos tendem a se preservar ainda mais contra o risco de inadimplência, aumentando suas próprias taxas e requisitos.

O financiamento imobiliário é o que mais sente com os juros altos, já que o mercado como um todo passa a sofrer com a alta dos preços, obrigando todas as frentes a tomarem o mesmo caminho. A fórmula não poderia ser mais caótica: inflação + juros altos + imóveis caros = momento ruim.

casas em sequência
Selic a 13,75% ao ano é desincentivo para a tomada de financiamentos de longo prazo. (Fonte: Divulgação)

Cenário é negativo ao menos até final de 2023

Outro fator negativo que freia a tomada de financiamentos no país é a aprovação da PEC dos precatórios e a chamada PEC Kamikaze que, se por um lado aumenta os benefícios sociais no curto prazo, por outro deve gerar um grande rombo para as próximas administrações e também para o mercado.

De acordo com Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo de Estudos e Pesquisas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), em entrevista ao UOL, este não é o momento de fazer um financiamento de longo prazo para a compra de casas e carros

“Uma coisa é você financiar a compra de uma geladeira por um período de seis meses ou um ano. Outra coisa é você financiar um imóvel por 30 anos. A taxa de juros vem subindo há algum tempo e, com isso, o risco de uma pessoa não conseguir pagar o financiamento é maior, por conta do custo. O melhor é esperar para financiar mais à frente.”

O que fazer durante a alta dos juros?

Se você deseja comprar uma casa, não desanime! Apesar de este não ser o melhor momento para se envolver em um financiamento de longo prazo, é também a hora ideal de você guardar dinheiro. Isso porque os juros altos também influenciam – nesse caso, positivamente – os investimentos.

Por isso, essa pode ser a oportunidade perfeita para você montar a sua reserva de emergência e apostar em títulos de renda fixa para proteger o seu patrimônio. Com a Selic a 13,75% ao ano, não poderia haver momento melhor de manter o dinheiro guardado. 

Lembre-se, porém, que a poupança deixou de ser uma boa opção para quem deseja rentabilizar. 

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Spotify: quando um artista ganha pela reprodução de uma música?

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Logo do Spotify

Há alguns anos os serviços de streaming de música se popularizaram e caíram no gosto do público. A plataforma mais famosa, e a mais usada, é o Spotify. 

O serviço de streaming foi fundado em 2006 na Suécia, mas só foi surgiu oficialmente no mercado em outubro de 2008. Atualmente, o Spotify tem 48% de representação no seu segmento, seguido do Apple Music (10%) e YouTube (8%).

Apesar da popularidade, algumas curiosidades giram em torno da plataforma. Por exemplo, você sabe quanto um artista ganha por música no streaming?

Os artistas são pagos por royalties que, de acordo com o Spotify,  são repassados às gravadoras, sendo estas as responsáveis pelo pagamento dos artistas.

Para quem não está familiarizado com o termo “royalties” refere-se ao valor pago ao detentor de uma obra, produto, marca ou patente, pelos direitos de uso, exploração, distribuição ou comercialização por terceiros. 

Na prática, os proprietários dos direitos autorais de uma música disponível no Spotify têm direito ao recebimento de uma porcentagem pelos lucros obtidos com a distribuição da obra.

Microfone e uma tela de computador
Artistas independentes lucram menos com o pagamento do Spotify (Foto: Divulgação)

Como funciona o pagamento dos artistas no Spotify?

Os pagamentos no Spotify são por reprodução. Ou seja, quanto maior a quantidade de plays em uma faixa, mais o dono dos direitos autorais daquela canção ganha.

A empresa não divulga com clareza esses valores, mas o último número divulgado é de  US$0,0049 por play. Os artistas recebem metade desse valor, o que equivale a US$0,0024 por play.

Artistas de gravadoras pequenas ou independentes acabam ganhando um valor baixo. Mas, grandes cantores ou os mais estourados do momento podem faturar um valor significativo com o Spotify.

Outro fator que interfere na remuneração dos artistas é o tipo de conta por onde a música foi reproduzida. Por exemplo, o Spotify grátis oferece um pagamento inferior ao da versão premium, que tem royalties maiores.

+ Como ganhar dinheiro ouvindo música? Confira lista com 4 apps e sites

Quem são os artistas que mais lucram na plataforma?

Artistas como Ariana Grande, Taylor Swift, Lorde e Drake integravam a lista dos artistas que mais lucram com reprodução de músicas no Spotify. Representando o Brasil, a cantora Anitta está no topo do ranking, com um faturamento de até R$40 milhões.

Segundo uma estimativa feita no final de 2021 pela plataforma Top Dollar, Drake havia conquistado um faturamento de US$52 milhões no Spotify. Já Ariana Grande teria alcançado a marca de US$27,2 milhões.

Outros nomes do cenário internacional que também tiveram destaque foram: Olivia Rodrigo, BTS, The Weeknd, Doja Cat, Harry Styles e Justin Bieber.

No Brasil, Anitta foi considerada a mais rentável da plataforma, faturando US$6,7 milhões, que na época equivalia a R$40 milhões. Em segundo lugar estava a sertaneja Marília Mendonça, com um montante de US$6,6 milhões.

+ Spotify lança recurso para artistas promoverem NFT. Saiba como vai funcionar!

Como o Spotify paga os artistas?

Não muito tempo atrás, as regras sobre como o Spotify fazia o pagamento dos artistas não eram muito claras. Mas, diante das polêmicas, a plataforma lançou no início de 2021 a página “Loud & Clear”, que lançou uma página para esclarecer como a receita gerada chega aos artistas.

Conforme já mencionado, o dinheiro é repassado, em um primeiro momento, para as gravadoras e distribuidoras, sendo essas empresas as responsáveis pelo pagamento dos artistas (cantores e compositores).

Só em 2021 foram pagos mais de US$7 bilhões aos detentores de direitos musicais. Ou seja, US$2 bilhões a mais do que em 2020. “Mesmo ajustado pela inflação, esse total é a maior soma paga por um varejista à indústria da música em um ano na história – incluindo qualquer varejista no auge da era do CD ou do download digital”, mencionou a plataforma.

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Programa de Estágio Nubank: quais os requisitos e como se inscrever?

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homem segurando celular

O Nubank abrirá o seu primeiro programa de estágio, focado na captação de estudantes e recém-formados das áreas de tecnologia, finanças e negócios. São mais de 70 vagas disponíveis, e as inscrições podem ser feitas entre os dias 19 e 28 de setembro de 2022.

O programa de estágio do Nubank oferece bolsa-auxílio e um pacote completo de benefícios da fintech, além de uma experiência e tanto para o currículo dos profissionais recém chegados no mercado tech. Além disso, há possibilidade de trabalho remoto para quem não mora em São Paulo! Confira todos os detalhes e saiba como se inscrever.

Quem pode participar do programa de estágio do Nubank?

De acordo com as diretrizes divulgadas pela fintech, o Estágio Nubank é destinado a estudantes de qualquer área de formação, desde que matriculados em universidades brasileiras com data de formação prevista entre dezembro de 2023 e julho de 2024

Apesar de as vagas serem específicas para determinadas áreas, o programa não exige conhecimento prévio e nem experiência no mercado de trabalho. O único requisito para participar é ter 30 horas disponíveis por semana (o equivalente a 6 horas por dia), de segunda a sexta-feira.

Outro ponto que gera dúvida nos estudantes é a necessidade de inglês. O banco afirma que, apesar de não ser uma exigência, “encoraja o interesse pelo idioma e procura pessoas com nível intermediário para que se sintam confortáveis para iniciar a carreira em ambientes com comunicação em inglês, uma vez que o Nubank é uma empresa global”.

Para te ajudar nessa etapa, o Nubank oferece suporte do seu próprio programa de ensino de idiomas, o NuLanguage.

pessoa sentada de pernas cruzadas mexendo no app do nubank
Estágio Nubank oferece oportunidades em áreas como tecnologia, finanças e negócios. (Fonte: Divulgação)

Oportunidade de vagas remotas

Uma boa notícia para quem não mora em São Paulo é a possibilidade de trabalho remoto, permitindo aos aprovados que morem e estudem de qualquer parte do Brasil. A exceção, porém, vale para as vagas de Produto e Design, que são voltadas para estudantes que vivem na região de São Paulo. 

O Estágio Nubank oferece oportunidades em áreas como tecnologia, finanças e negócios. Ao se inscrever, o aluno pode escolher entre as áreas de engenharia de software, desenvolvimento de produtos, design, análise de negócios, finanças e risco & compliance. Os detalhes sobre cada uma delas estão disponíveis no site do programa. 

Quanto tempo dura o processo seletivo?

O processo seletivo do programa de estágio do Nubank será dividido em 4 partes: inscrição, testes online, prova em tempo real e entrevistas com líderes e RH. As inscrições acontecem entre 19 e 28 de setembro de 2022 e devem ser feitas no site do programa. Já a etapa seguinte será realizada durante todo o mês de outubro.

Após a etapa inicial, as pessoas aprovadas nos testes online passam por uma prova prática em tempo real, um momento de colaboração em um exercício que simula o dia a dia do Nubank. 

Por fim, os selecionados enfrentam uma rodada de entrevistas com gestores do Nubank para abordar tópicos de carreira e aprofundamentos técnicos, se necessário. Os aprovados começam a trabalhar no Nubank em janeiro de 2023.  

Para participar do programa de estágio do Nubank, basta se inscrever no site do programa até o dia 28 de setembro de 2022. 

Gostou do conteúdo? Aproveite para conferir também como funciona o Nunos, programa de recompensas do Nubank.

Vale a pena fazer empréstimo com a alta da Selic? Entenda!

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pessoa segurando um bolo de dinheiro

Será que vale a pena fazer empréstimo com a alta da Selic? Esta é uma dúvida bastante comum entre pessoas físicas e também empresas que querem obter crédito, mas estão na dúvida se é melhor esperar a taxa de juros cair ou não. 

De acordo com um estudo recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias endividadas atingiu 79% do total de lares em agosto. 

Ou seja, quase 8 a cada 10 famílias estão endividadas. E em situações como essa, pedir um empréstimo muitas vezes é a única luz no fim do túnel. 

No entanto, com a Selic a 13,75%, será que vale mesmo a pena? Qual é a relação entre essa taxa e o empréstimo nos bancos? Qual é o impacto deste aumento? 

Vamos descobrir agora!

Os empréstimos ficam mais caros com a alta da Selic?

Os empréstimos e todo tipo de crédito ficam mais caros com a alta da Selic. Acontece que ela é a taxa básica de juros da economia, e sua elevação automaticamente encarece as prestações. 

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgou dados que mostram exatamente como é o impacto da alta da Selic no crédito.

De acordo com o estudo, com a elevação de 13,25% para 13,75% ao ano, a taxa teve as seguintes repercussões nas operações:

  • juro médio para as pessoas físicas passou de 119,07% para 120,05% ao ano
  • para as pessoas jurídicas, a taxa média saiu de 56,57% para 57,29% ao ano

É importante destacar que este impacto na ponta final do consumidor chega diluído. Isso porque existe uma diferença muito grande entre a taxa básica propriamente e os juros efetivamente, de prazo mais longo.

Portanto, os empréstimos ficam mais caros com a alta da Selic, mas não necessariamente na mesma proporção. Também é importante não confundir a Selic em si com a taxa de juros de cada operação de crédito.

Qual é o impacto da taxa nas prestações e operações de crédito?

Como visto acima, o empréstimo fica mais caro com a alta da Selic, mas o impacto real no bolso do consumidor chega já pulverizado.

Com base nos dados da Anefac, a Agência Brasil fez algumas simulações de como essas altas se aplicam em situações do dia a dia. 

Um empréstimo pessoal de R$5 mil por 12 meses cobrará R$1,24 a mais por prestação, comparando os juros antes do aumento da Selic. Ou seja, R$14,85 a mais após o pagamento da última parcela.

Já um empréstimo de R$3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$0,81 mais caro por prestação. Isso significa que o custo total será R$9,72 mais caro. 

No financiamento de um automóvel de R$40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$11,23 a mais por parcela e R$673,51 a mais no total da operação.

E para empresas buscando crédito a situação também é um pouco mais desfavorável agora. 

Pessoas jurídicas estão pagando R$62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$50 mil por 90 dias; R$24,93 pelo desconto de R$20 mil em duplicatas por 90 dias; e R$2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$10 mil por 20 dias.

Outras operações de crédito, como juros rotativos do cartão de crédito, também aumentam com a alta da Selic. 

Moedas empilhadas em cima de um gráfico
Boletim Focus projeta uma Selic em 11,25% em 2023

Vale a pena fazer empréstimo com a alta da Selic?

Embora o empréstimo fique mais caro com a alta da Selic, a decisão sobre tomá-lo agora ou não deve levar mais fatores em conta. O principal deles é a necessidade, além da expectativa do mercado para a inflação nos próximos meses. 

Se uma empresa, por exemplo, precisa muito de crédito agora? Vale a pena esperar um pouco ou não?

Algumas perguntas que vale a pena se fazer são:

  • Qual é o objetivo deste empréstimo? Eu consigo recorrer a outras formas de obter dinheiro?
  • Qual é a perspectiva do mercado para a Selic nos próximos meses?

A resposta para a primeira pergunta é muito pessoal. Mas para a primeira nós temos um panorama. 

Recentemente, durante um congresso da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que em 2023 ocorrerá uma desaceleração da taxa básica de juros da economia. 

No entanto, as projeções do mercado ainda são conservadoras em relação a isso. O boletim Focus, divulgado no último dia 19, projeta uma Selic em 11,25% em 2023 e mantém a taxa a 13,75% em 2022. 

Ou seja, os juros devem ficar um pouco mais baratos no próximo ano, mas ainda não será uma queda milagrosa. 

Quem optar por obter crédito agora, deve pesquisar para encontrar qual instituição financeira oferece a taxa mais vantajosa. 

Opções como microcrédito e consignado podem ser uma saída, pois possuem juros mais baixos. Mas é preciso cuidado e um planejamento bem estruturado, um plano de ação para quitar as parcelas sem se meter em uma bola de neve. 

Quer saber mais sobre quando vale a pena pedir um empréstimo? Então confira:

O que é análise técnica de ações? Como fazer? Confira!

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pessoa analisando graficos

Você já escutou falar em análise técnica de ações? Quem aplica no mercado de ações já deve ter se deparado com este termo, mas nem todos sabem o que de fato significa e a importância dele.

Para quem não sabe, a análise técnica de ações se dá por meio de gráficos e dados e é muito usada para encontrar as tendências de curto, médio e longo prazo. E tudo isso é importante para tomar as decisões certas e gerenciar riscos.

E saber exatamente como usar essa estratégia é fundamental para que você possa ter lucros maiores nos seus investimentos. 

O que é a análise técnica de ações?

A análise técnica de ações nada mais é do que uma ferramenta usada pelos investidores para o estudo de renda variável, neste caso as ações. E também é uma forma utilizada com o objetivo de prever quais serão as movimentações das ações.

Mas como isso é possível? Olhando para o histórico dessas aplicações por meio de gráficos. Por isso, é fundamental que você realize um estudo dos preços e volumes dessas ações.

Afinal, o objetivo da análise técnica de ações é te ajudar a saber qual ativo será tendência. E isso é possível justamente por conta do rastreio do comportamento da oferta e da demanda da ação em questão.

+ Aluguel de ações vale a pena? Confira as vantagens e desvantagens!

Outro ponto importante é que essa estratégia te ajuda a saber qual é o melhor momento para se comprar ou vender uma ação. Quem não gostaria de ter uma ideia de quando pode comprar um ativo mais em conta e vendê-lo por um preço mais valorizado?

Sendo assim, tendo em mãos o gráfico da análise técnica de ações fica mais fácil você saber quando pode ficar otimista ou pessimista com uma ação. 

Para que serve e como funciona análise técnica de ações?

Essa é uma estratégia bastante eficaz para quem busca operações a curto prazo. Ela visa identificar uma tendência, além de operar a favor e, caso verifique sinais de inversão, ser retirada.

investidores olhando as telas de computador com as ações
A análise técnica de ações te ajuda a saber o melhor momento para comprar e vender ativos

Para quem não sabe, olhar a oscilação de um ativo em momentos mais curtos é importante e ajuda o investidor, já que estará focado no gráfico e não em fundamentações.

Veja os 3 tipos de tendências que um ativo pode apresentar:

  1. Tendência de alta: gráfico com topos e fundos ascendentes;
  2. Tendência de baixa: gráficos com topos e fundos cada vez mais baixos;
  3. Tendência de lateralização: oscilando dentro de uma banda bem definida, sem subir ou cair consideravelmente.

Agora, veja como funciona a análise técnica.

A análise técnica é conhecida por ser uma ferramenta bem ágil e objetiva. Qualquer investidor que realizá-la poderá determinar um preço-alvo no qual a ação será vendida, além do lucro esperado e, ainda, um stop loss. Esse último significa o patamar já considerando um possível prejuízo.

Ou seja, ela funciona como um rastreio de um ativo com o seu histórico, onde o investidor vai se utilizar de indicadores para sinalizar o melhor momento tanto para comprar ou para vender.

Análise técnica x Análise fundamenalista

Embora muita gente confunda, é importante dizer que no mercado financeiro e das ações essas duas análises não costumam se misturar muito, ainda mais por parte dos mais veteranos.

Inclusive, a mais utilizada, principalmente por parte dos traders, é a análise técnica.

A principal diferença é que a análise técnica foca mais na parte de análise de gráficos, em uma visão mais visual com resultados e medindo métricas. Enquanto isso, a fundamentalista considera o balanço patrimonial, fluxo de caixa, resultados da empresa e toda a conjuntura econômica.

Gostou deste conteúdo? Quer saber mais? Continue lendo sobre ações e mercado financeiro aqui no FinanceOne.

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Efeito batom: confira o que é e qual impacto para economia

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mulher fazendo skincare

Alguns efeitos econômicos causam curiosidade no mercado financeiro, e um deles é o efeito batom. Leonard Lauder, herdeiro da Estée Lauder, criou o termo Lipstick index, ou mais conhecido como efeito batom, em 2001. Lauder observou um fato que correlaciona as altas nas vendas de batom durante os períodos de crise nos países.

Ele percebeu que todas às vezes que o mercado entrava em grandes recessões econômicas, como aconteceu nos Estados Unidos após o atentado, de 11 de setembro, as vendas de batom da Estée Lauder aumentavam.

O fato acontecia com tanta frequência e em tantas marcas de cosméticos, que passou a ser estudado, se transformando em um índice importante de mercado.

Mas como explicar esse aumento nas vendas de batom? Por que em momentos de recessão econômica, as mulheres escolhem investir seu dinheiro em maquiagem e itens de beleza, sobretudo em batons?

Para Lauder, as crises não são impeditivas para a compra, mas fazem os consumidores comprarem itens mais baratos. E um dos itens da linha de frente dos cosméticos de baixo custo é o batom.

+ Conheça 6 carreiras promissoras no setor de beleza para 2022

Como está o efeito batom pós-crise da Covid?

Os dados das principais consultorias de consumo na área de beleza mostram que o tal efeito batom ainda não surgiu desde a última crise econômica causada pela pandemia da Covid-19. E há um motivo para isso: a utilização das máscaras tirou esse poder!

As principais empresas de cosméticos que atuam no Brasil acreditam, no entanto, que o ponto de virada pode ter chegado. Isso porque elas já perceberam que com a flexibilização do uso de máscaras trouxeram uma certa demanda ao setor.

A procura é tamanha que as empresas têm dificuldades de manter a produção e, por vezes, enfrentam falta de estoque. Será que já podemos afirmar que estamos enfrentando o efeito batom no Brasil? Há, no entanto, ainda os efeitos da pandemia, que atrapalhou a logística e as vendas no Brasil.

Segundo levantamento do g1, o qual procurou empresas líderes do setor, a tendência é que as vendas aumentem ao longo dos meses. Veja o que falou as empresas procuradas pelo g1:

Avon afirma que houve um “crescimento expressivo” no segmento de batons entre janeiro e julho de 2022, sem informar valores. A empresa atribui o aumento à busca por “conforto e alegria diante de cenários adversos, como o da pandemia”.

Segundo a Avon, uma pesquisa realizada com consumidoras no ano passado aponta que 80% das entrevistadas recorreram a itens de beleza para aumentar a sensação de bem-estar durante o isolamento social. “O batom vermelho também está ligado à autoestima feminina: 78% das entrevistadas afirmaram que utilizam o item para se sentirem bem”, diz, em nota.

diversos produtos de maquiagem em um fundo preto
As principais empresas de cosméticos que atuam no Brasil acreditam que o efeito batom acontecerá em breve no país

Grupo Boticário está bastante otimista com a não obrigatoriedade do uso de máscaras, a retomada total de atividades presenciais e eventos.

“Os batons devem colorir as ruas este ano, voltando a assumir a liderança entre os itens mais buscados de maquiagem, com as máscaras de cílios e itens para olhos”, diz a empresa.

Já a Ruby Rose afirma que cerca de 30% do faturamento da empresa vem dos batons e notou 70% de crescimento em volume de vendas em meio digital ao longo da pandemia. Em valores, as vendas online pré-pandemia rendiam por volta de R$1 milhão. Hoje, a empresa diz que triplicou o valor.

O uso de produtos de beleza visando o bem-estar pessoal em tempos de crise, seja em uma pandemia, seja em uma guerra, nos traz a esperança, mesmo que de forma inconsciente, de que a “tempestade irá passar”. Isso porque a imagem pessoal e a autoestima são dois dos fatores principais para que as pessoas sintam-se bem com elas mesmas.

E você, já sabia sobre o efeito batom? Qual é a sua opinião sobre o assunto? Compartilhe conosco, e com os demais leitores, o que você acha!

Quando é a Black Friday 2022? Entenda os detalhes sobre o evento

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Black Friday

Um dos principais eventos para comércio está chegando e eu sei que você quer saber: quando será a Black Friday 2022?

Todo ano, no mês de novembro, esse dia inaugura a temporada de compras natalícias com significativas promoções em muitas lojas.

Se você quer aproveitar os descontos, fique atento, porque faltam menos de dois meses!

Qual o dia da Black Friday 2022?

A Black Friday 2022 vai acontecer no dia 25 de novembro. O evento sempre acontece um dia depois do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.

Ou seja, no dia seguinte à quarta quinta-feira do mês de novembro. No Brasil, cai sempre na última sexta feira do mês.

Mas fique atento, porque muitos produtos baixam os preços durante todo o mês. Então é possível aproveitar boas promoções já a partir do início de novembro.

A maioria das ofertas acontecem no e-commerce, mas lojas físicas também aderem. E vale lembrar que esse período de promoções acontece apenas uma vez por ano.

Quais lojas participam?

Atualmente, a maioria dos lojistas aderem à Black Friday. Mas existem as lojas participantes que são listadas no site oficial do evento quando a data está próxima.

Isso quer dizer que as lojas que não estarão ali não terão promoções? Não!

No entanto, a marca Black Friday não responde por atitudes de quaisquer lojas que não estão na lista, sejam elas positivas ou negativas.

Além disso, se você for comprar de alguma das lojas indicadas no site, pode receber as ofertas do evento com antecedência, por e-mail. Basta cadastrá-lo no site.

Mesmo assim, você pode aproveitar as promoções de outros estabelecimentos. Lembre-se que, de qualquer forma, tem a proteção da lei e os Direitos do Consumidor ao seu lado.

Homem usando notebook com a tela do Black Friday, um caderno e celular ao lado
Black Friday 2021 vai cair no dia 26 de novembro

O que significa Black Friday?

O termo em inglês significa “Sexta-feira Negra”. Na prática ela tem o significado da maior data de ofertas do Brasil, tanto em lojas físicas quanto online.

Segundo o site oficial do evento, não se sabe ao certo a origem da Black Friday.

Há quem diga que a expressão nasceu no final do século XIX após duas instituições financeiras terem quebrado no mesmo dia em plena corrida do ouro. Coincidentemente, em uma sexta-feira.

Outra teoria é que o termo foi criado por policiais da Filadélfia na década de 60. Eles teriam usado a expressão para se referirem ao dia após o Ação de Graças, quando o trânsito se tornou um caos.

Daí teria surgido uma grande oportunidade de venda para os lojistas. Isso porque, segundo a teoria, eles se aproveitavam do congestionamento e faziam diversas promoções para atrair quem passasse pelas lojas.

A expressão ganhou popularidade no local, até se tornar uma tradição de compras após o feriado norte americano.

Mas a Black Friday só chegou ao Brasil em 2011, com o portal Busca Descontos. Desde então, cresce exponencialmente, batendo recorde de vendas a cada ano. Cada vez mais lojistas aderem e hoje é difícil ver alguma marca que fique de fora.

Como se preparar para a Black Friday?

Se o seu objetivo é economizar com a Black Friday 2022, saiba que a preparação já começa agora. Para tirar melhor proveito do evento e realmente ter vantagem, algumas atitudes são importantes.

Planeje-se financeiramente

Mesmo com boas promoções, a Black Friday 2022 pode se transformar numa verdadeira armadilha financeira. Afinal, é tentador ceder aos descontos.

Para evitar isso, tente desde já definir um limite de gastos. Organize sua planilha financeira e veja o quanto poderá gastar.

Além disso, guarde dinheiro desde já. Você pode até mesmo deixá-lo em um investimento de renda fixa enquanto não usa.

Mas, claro, use uma aplicação em que o valor pode ser sacado a qualquer momento.

Pesquise preços

Infelizmente, a Black Friday também é um prato cheio para aproveitadores e existem muitas fraudes envolvidas.

Uma das principais é o aumento de preços antes do dia da promoção para, no dia, abaixar o valor.

Isso dá ao cliente a falsa sensação de estar comprando o item por um preço mais barato. A melhor forma de fugir disso é começando a pesquisar preços o quanto antes!

Assim, você saberá identificar os aumentos quando estiver próximo do dia da promoção.

Liste o que vai comprar

Uma lista é a principal amiga de quem quer manter o orçamento organizado. Mesmo que esteja planejando comprar pouco, anote tudo o que quer ou precisa.

Faça isso colocando uma ordem de prioridades. Assim, você terá mais clareza na hora de fazer as compras e terá menos chances de fazer escolhas precipitadas.

O que é e qual o dia da Cyber Monday?

Se você gosta da Black Friday e tem o hábito de fazer compras online, pode se preparar também para a Cyber Monday ou Segunda-feira Cibernética.

Esse é um evento destinado exclusivamente ao e-commerce, mas que promete descontos tão atrativos quanto os da sexta-feira. Neste caso, não há ofertas em lojas físicas.

Cyber ​​Monday acontece sempre na segunda-feira após o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Portanto, no Brasil, vai cair no dia 28 de novembro.

Se algum item da sua lista ficar de fora na Black Friday, você pode tentar consegui-lo novamente na segunda-feira.

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Como identificar uma pirâmide de criptomoedas? Confira!

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Dois homens carregando uma grande criptomoedas, cada

É bem provável que você já tenha escutado falar em golpes de pirâmides. Apesar de ser muito comum, é preocupante o número de pessoas que ainda são vítimas. E agora ele chegou no mundo cripto: a pirâmide de criptomoedas. 

O assunto ganhou ainda mais destaque após a notícia de que o fundador da JJ Invest enganou dois atletas muito conhecidos pelos brasileiros: Zico e Neymar. Juntos, eles tiveram um prejuízo de R$170 milhões.  

Outro famoso que também teve o nome ligado a pirâmide de criptomoedas foi o cantor Gusttavo Lima. Em uma live que realizou em maio de 2021, ele disse que uma das empresas patrocinadoras prometia lucros de até 5% por dia a quem investisse nas moedas digitais.

Com tantos golpes de pirâmides no mercado financeiro, fica a pergunta: como identificar e se proteger da pirâmide de criptomoedas?

É possível, sim, você conseguir evitar cair nesses golpes. Mas para isso, é preciso ter muita atenção.

Até porque quem cai em uma pirâmide de criptomoedas acaba, infelizmente, tendo a perda dos ativos. 

O que é a pirâmide de criptomoedas?

A pirâmide de criptomoedas também pode ser chamada de pirâmide financeira. Esse tipo de golpe é muito parecido com o esquema Ponzi, que talvez você já tenha escutado falar também.

O nome vem de Charles Ponzi, que realizou uma das maiores fraudes da história, em 1919. Foi ele quem incentivou os investidores a aplicarem dinheiro em uma empresa que não existia. 

E você imagina como Ponzi convenceu os investidores? Foi com a promessa de um retorno de 40% do valor em apenas três meses.

Com o dinheiro dos novos membros, ele compensava os antigos e assim por diante. Ou seja, um esquema de pirâmide.

+ Conheça os golpes mais praticados em criptomoedas

A estimativa é que mais de 30 mil pessoas tenham caído na fraude, durante sete meses. Por isso, o golpe com pirâmide também ficou conhecido como Esquema Ponzi, quando tem as seguintes características:

  • Falta de algum produto comercializado, a renda vem somente das indicações de novos membros;
  • Compensar os membros antigos com recursos dos novos;
  • Sumir com o dinheiro das vítimas quando o fluxo de dinheiro acabar.

Apesar de parecer fácil de identificar, muitas pessoas caem no golpe da pirâmide de criptomoedas. Principalmente porque esses golpes são disfarçados de projetos comuns ou até mesmo por meio de empresas de investimentos.

Pessoas segurando placas com o símbolo de criptomoedas
As criptomoedas estão ganhando cada vez mais destaques e com isso os golpes de pirâmide também estão crescendo

Como identificar o golpe de pirâmide no mundo das criptomoedas?

Os golpes são comuns em várias áreas, mas nem sempre quem cai consegue identificar com facilidade como chegou a esse ponto. E em muitos casos o prejuízo pode ser grande.

No mundo das criptomoedas, é possível o investidor identificar os golpes de pirâmides com apenas algumas características, por exemplo:

1) Documentação não encontrada

Uma das formas de você identificar se está caindo em um esquema de pirâmide é prestar atenção na parte documental. Isso porque geralmente o link da documentação de desenvolvimento é colocado em um lugar fácil de encontrar.

Por exemplo, é possível encontrar essas informações em qualquer site oficial de um projeto de criptomoeda.

Além disso, você ainda consegue encontrar essas informações em portais como o da GitHub. Nele, os códigos mostram o mecanismo do projeto de uma forma ainda mais transparente.

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Outra forma de você verificar e confirmar essas informações é com as principais exchanges, que também disponibilizam a documentação API nas suas plataformas. 

É importante ressaltar que esse golpe coloca um foco no processo de depósito, com o intuito de evitar a exposição do seu mecanismo e deixando os códigos em questão, os códigos básicos, inacessíveis.

2) Sistema de remuneração suspeito

O sistema de remuneração nesses esquemas não é 100% transparente. Ele funciona, por exemplo, pela indicação de membros. Isso funciona com o pagamento dos antigos com o dinheiro dos novos.

Vale destacar que a renda provém de forma única pela indicação de novos investidores. E por isso o esquema atua com esse método de pagamento, por ser mais viável, prático e vantajoso para os golpistas.

O incentivo maior fica sendo por atrair mais pessoas e aumentar ainda mais a pirâmide. Eles fazem isso em vez de captar  investimentos verdadeiros.

3) Promessa de alto retorno

Como em todo golpe envolvendo dinheiro e um processo de pirâmide, quem está em cima promete altos ganhos e um retorno imediato. Isso quase nunca é verdade, ainda mais se tratando de investimento. 

Eles também dão uma promessa que tem como proposta cuidar do ativo da vítima. Isso ocorre no módulo P2P. Com isso, eles prometem altos ganhos sobre os ativos investidos.

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Neste processo, os golpistas deixam claro para os possíveis investidores uma oferta vantajosa. Mas, vale destacar sempre que quanto maior for o retorno prometido que o restante do mercado, maior será a possibilidade de golpe de pirâmide. 

Dessa forma, o final é sempre o esperado. Com o fluxo de dinheiro do esquema sendo interrompido e não sendo possível mais sustentar a pirâmide, a empresa acaba sumindo com o dinheiro das pessoas até então enganadas.

4) Produto sem sentido

Uma empresa precisa oferecer um produto que seja útil ao seu consumidor. Se a empresa trabalha com algo que já existe de forma gratuita ou muito mais barato no mercado, ou se ainda é um item sem qualquer utilidade prática, possivelmente se trata de um esquema de pirâmide financeira.

Empresas de vendas diretas sérias sempre possuem um produto de reconhecido valor para oferecer. Se a que você está analisando não tem, abra o olho.

Questione mais sobre como o consumidor irá se beneficiar com o produto oferecido. A primeira regra da cartilha sobre como ganhar dinheiro com marketing multinível é justamente oferecer produtos que agreguem valor à vida das pessoas.

5) Outros sinais de alerta

Além desses três indícios, há outros sinais de alerta que podem ser observados. Por exemplo, retornos consistentes, incompatíveis com as oscilações de mercado ou vantagens cedidas a novos investidores, que garantem lucro acima dos demais.

Além disso, os investimentos em pirâmide não são registrados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Central, nem por qualquer outra entidade reguladora.

Outros pontos de atenção são os atrasos no pagamento de valores mais altos e a dificuldade em comprovar as estratégias de investimento.

Dicas para não cair em esquemas de pirâmide

A primeira dica para não ser vítima de um esquema de pirâmide é, justamente, desconfiar de promessas de altos retornos garantidos. Ainda mais se tratando de um investimento em criptomoedas, que se trata de um mercado variável.

Além disso, é sempre importante procurar empresas de confiança para fazer seus investimentos. Pesquise sobre sua reputação no mercado antes de investir. E, verifique se há algum processo em andamento com as instituições reguladoras, como a CVM.

Por fim, não seja motivado pela ganância, nem invista em um mercado que não conhece. Dessa forma, as chances de cair em um golpe diminuem.

Pesquise, estude e entre em contato com pessoas que, de fato, conhecem este mercado, antes de investir em negócios duvidosos. Lembre-se que é a constância nos investimentos que vai te ajudar a alcançar bons resultados.

O que fazer se for vítima de uma pirâmide financeira?

O Ministério Público recomenda que a vítima faça denúncias no próprio órgão (federal ou estadual) ou às polícias federal e civil.

Vale destacar que o Ministério Público Federal, por exemplo, disponibiliza salas de atendimento ao cidadão onde é possível relatar alguma irregularidade (veja aqui os endereços).

Esse conteúdo te ajudou? Então compartilhe com outras pessoas para ajudá-las a saber dessas informações e alertar para que não caiam nesses golpes.

*Colaboração: Letícia de Jesus, Tamires Silva

Veja também no FinanceOne:

PIX Internacional já está em estudo pelo Banco Central

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logo do Banco Central

O Banco Central (BC) estuda a implementação do Pix internacional, um sistema de pagamentos instantâneos do Brasil para outros países. A implementação do arranjo internacional é prevista para 2022 ou 2023.

A ideia é que o consumidor consiga transferir dinheiro de/para o Brasil de forma instantânea, mesmo nos finais de semana e feriados. O BC quer permitir remessas instantâneas para modernizar as operações de câmbio no Brasil.

Há ainda o risco da “dolarização” do brasileiro, visto que a abertura de contas no exterior pela internet já é uma realidade. Entretanto, o fato é que facilitar transferências internacionais pode ajudar pessoas físicas, pequenas e médias empresas.

Existe ainda a chance de que o sistema instantâneo internacional de pagamentos e transferências ajude a atrair investidores internacionais para a B3, mesmo em um cenário conturbado em que o país enfrenta a fuga de capital estrangeiro.

No entanto, uma determinada mudança ocorrida na última semana pode facilitar e ajudar com que o Pix Internacional se torne uma realidade. Diz respeito às novas regras de câmbio aprovadas pelo Senado no último dia 08.

Com ela, existirá:

  • limite maior para levar moedas estrangeiras em viagens ao exterior;
  • negociação de moedas estrangeiras entre brasileiros, limitada a 500 dólares;
  • abertura de contas estrangeiras em processos menos burocráticos;
  • e, por fim, a chance de existência do Pix Internacional.

O que muda com o Pix internacional?

Enviar dinheiro para alguém no exterior geralmente é um processo demorado, há pouca clareza sobre a taxa de câmbio praticada e os custos podem inviabilizar pequenas remessas.

No sistema interbancário, o processamento de uma transferência internacional costuma levar entre 2 e 3 dias úteis.

A cada transferência para o exterior, cada instituição participante do mercado de câmbio pode cobrar do cliente tarifas de serviço e tem a liberdade para definir a taxa de câmbio acima da taxa comercial.

Esses custos se somam ao IOF, imposto cobrado pelo governo e que varia conforme a titularidade das contas na transação.

Ainda não há informações suficientes sobre como será o PIX Internacional. Ou seja, não sabemos se haverá cobranças para os usuários e como será definida a taxa de câmbio.

Ainda assim, a centralização da liquidação das transferências no sistema instantâneo do BC deve trazer uniformidade para um mercado bastante heterogêneo, além da praticidade de pagamentos em tempo real.

A mudança que pode implicar na prática e existência do Pix internacional ainda precisa seguir para sanção presidencial. Ainda assim, essa já era uma prática estudada dentro do que era possível pelo Banco Central.

O que se sabe até o momento é que com essa aprovação presidencial, o caminho para essa tecnologia e a do Real Digital se tornam mais viáveis. Mas ainda vão demorar um tempo para entrar em prática.

uma pessoa segurando o celular
PIX internacional depende de mudanças na legislação atual

Economia com novo modelo

Um estudo do Banco Mundial mostrou que realizar uma transferência de 200 dólares do Brasil ao exterior tem um custo médio de 7% do valor, um pouco acima da média mundial de 6,51%.

A instituição levou em consideração a SWIFT, a mais utilizada para transferências internacionais.

Ele conecta mais de 10 mil instituições financeiras ao redor do mundo. Cada transferência nesse sistema tem um custo que gira em torno de 20 dólares.

Segundo o mesmo levantamento, mundialmente, os bancos são as instituições que cobram mais caro pelo serviço, enquanto envio de remessas por carteiras digitais (“mobile money”) é a alternativa de menor custo.

Atualmente, para enviar dinheiro para o exterior, existem alguns custos que devem ser levados em consideração.

+ Saiba as novas regras de pagamentos e transferências internacionais

Esses valores podem ser mais elevados nos bancos tradicionais do que em instituições financeiras alternativas. As taxas cobradas são:

1- Envio

Também chamada de taxa administrativa, a taxa de envio é cobrada por todas as instituições. O seu valor varia entre as instituições, sendo que algumas podem possuir um valor mínimo, outras não.

2- Câmbio

De maneira geral, a cotação de câmbio para o desconto dessa taxa é maior do que a cotação média do câmbio comercial. Essa diferença de preço ocorre porque as instituições adicionam uma porcentagem de lucro em cima da cotação.

+ Transferência internacional: com economia e segurança?

3- IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras é cobrado sempre que se realiza uma operação de recebimento de dinheiro do exterior ou se realiza uma remessa internacional.

O IOF segue algumas regras: caso a transferência seja para a conta de outra pessoa o imposto é de 0,38%. Por outro lado, se a transferência for para uma conta com a mesma titularidade, o desconto será de 1,1%.

Por fim, para receber dinheiro do exterior, o imposto descontado é de 0,38%.

Empresa já testa opção de pagamento instantâneo em reais no exterior

A possibilidade de fazer pagamentos instantâneos entre países, pagando menos por isso, se aproxima cada vez mais. O BIS, Banco Central dos Bancos Centrais, com sede na Suíça, já testa seu modelo de “PIX Internacional”.

A iniciativa denominada “Nexus” reúne 60 países. Esses já disponibilizam um sistema de pagamento imediato como o brasileiro. E o melhor: além de transações rápidas, não há cobranças de taxas como no sistema bancário tradicional.

Por enquanto os testes simulam pagamentos entre Malásia, Cingapura e a Itália. O principal objetivo da iniciativa é melhorar a velocidade, custo e transparência das transações internacionais.

No entanto, o maior desafio do projeto é viabilizar a conexão entre os diferentes sistemas nacionais, com segurança e eficiência. De acordo com um documento disponibilizado pelo BIS, para relacionar três países, por exemplo, são necessárias três conexões diferentes.

Ampliando a relação entre 20 países, o número de conexões sobe para 120.

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Colaboração: Letícia de Jesus

O que vale mais a pena no supermercado atualmente: compra semanal ou mensal?

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Garota pegando produtos na prateleira do supermercado

Com a alta nos valores de produtos nos supermercados, os consumidores voltaram a questionar o que compensa mais: a compra mensal ou semanal?

Pois é! Há quem seja adepto de uma de ambas as modalidades e defenda com unhas e dentes qual das duas é melhor, alegando que são mais econômicas e possuem outros pontos importantes.

Nós, do FinanceOne, entendemos que esse é um assunto que levanta muitas dúvidas. Por isso, decidimos pontuar qual é o melhor pelo ponto de vista financeiro e outros aspectos que interessam a quem compra.

Para continuar lendo sobre compra mensal ou semanal, basta continuar a leitura desse artigo!

Homem escolhendo produtos no supermercado
Para saber qual é o melhor, é importante refletir sobre alguns pontos no seu consumo!

Qual é o mais econômico: a compra mensal ou semanal?

Em primeiro lugar, vale lembrar que o hábito de realizar compras mensalmente é reflexo de um hábito praticado por pessoas que viveram o período da hiperinflação.

Durante muitos anos o Brasil passou por trocas e mais trocas de moeda por conta dos problemas inflacionários existentes. Sendo assim, era comum que os alimentos mudassem de preço com o decorrer do dia.

E o que a compra mensal tem a ver com isso?” Absolutamente tudo! Como os valores se alteravam em questão de horas, era comum que as pessoas fossem ao mercado e comprassem tudo que precisavam assim que o salário caía.

Ou seja, essa era uma maneira de economizar o salário a fim de evitar que o preço dos alimentos inflacionasse ainda mais.

Apesar dessa realidade, o hábito caiu no gosto das pessoas e hoje, boa parte da população utiliza as compras do mês como a principal forma de consumir produtos.

Mas há quem defenda que consumir semanalmente seja mais em conta para o bolso das famílias.

Só que, para ponderar qual hábito é melhor, é importante entender todos os seus hábitos de consumo. E isso envolve aspectos sobre como é a sua alimentação e a sua disponibilidade para realizar a compra de alimentos.

Como cada pessoa entende a sua realidade, levantamos as principais vantagens e desvantagens do consumo mensal e do consumo semanal. Assim, você será capaz de avaliar qual a melhor opção para você!

Compra mensal

A compra mensal é uma ótima opção para quem possui pouco tempo ao longo do mês e para quem possui seus gastos planejados, como por exemplo, a pessoa que separa um valor X para consumo no supermercado.

Para quem possui pouco tempo porque: por mais que você gaste algumas horas, essa ação é realizada apenas uma vez por mês.

E para quem possui um orçamento doméstico planejado, porque fica mais fácil de saber o quanto você consome e sua família consomem, então é uma forma mais prática de evitar desperdícios.

+ Aplicativos de listas de compras: confira as 5 melhores opções

Mas essas não são as únicas vantagens da compra mensal. Veja abaixo as vantagens e desvantagens desse tipo de compra:

Vantagens:

  • Maior chance de economizar com produtos de pague X, ganhe Y: é muito comum encontrar nos corredores dos supermercados promoções que ofereçam produtos fechados por um valor menor. Ou seja, você leva mais volumes por um preço mais baixo.
  • Chance de poder se organizar financeiramente: para quem possui total controle de orçamento doméstico, fica mais fácil de saber o que é necessário comprar ou não. E, nestes casos, há a chance de aproveitar eventuais promoções.

Desvantagens:

  • Não dá para comparar os valores: normalmente, quando realizamos as compras mensais em um local só, vamos atraídos pelo valor de um produto específico. Às vezes, o valor daquele produto em si não compensa financeiramente, mas como você já está no supermercado, acaba comprando tudo por lá mesmo.
  • Maior chance de desperdícios: se você não é a pessoa que possui um orçamento doméstico controlado, há uma chance maior de comprar alimentos que serão desperdiçados. Principalmente vegetais e legumes.

Sendo assim, o consumo mensal só vale a pena para quem possui um veículo para se deslocar até o local e trazer suas compras. Também é válido para quem planeja a sua alimentação e consome mais produtos não perecíveis.

E fica uma dica: para quem prefere comprar mensalmente, vale a pena deixar para realizar as compras a partir da segunda quinzena do mês. Nesse período, o movimento é menor e os preços são mais baixos!

+ Quais são os 5 melhores cartões de vale-alimentação

Compra semanal

Já a compra semanal é uma ótima para quem possui uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras.

Além disso, pode ser uma opção também para quem não possui carro, já que com pequenas porções não é necessário gastar dinheiro com o deslocamento até a sua residência.

Veja outras vantagens e desvantagens dessa modalidade de compra:

Vantagens:

  • Maior controle das quantidades: quando o consumidor realiza compras semanais, normalmente é mais fácil controlar a quantidade de porções que serão suficientes para aquele período.
  • Ofertas mais acessíveis: com visitas regulares aos supermercados, é possível saber quando o preço de um alimento está elevado ou não.
  • Alimentos mais frescos: quando a compra é feita semanalmente, é possível ter a chance de se consumir alimentos que estragam mais rápido como frutas, legumes e verduras.

Desvantagens:

  • Gasta-se mais tempo: isso porque, é necessário que a pessoa se organize para ir ao mercado. Ou seja, gastando pelo menos um dia da semana para realizar as compras.
  • Maior a chance de comprar alimentos desnecessários: como você passa a frequentar o supermercado com mais frequência, é comum que as pessoas que compram semanalmente caiam na tentação de comprar mais supérfluos.

Qual opção é a mais vantajosa?

Como você já percebeu, as duas opções tem vantagens e desvantagens. E para muitas famílias a mescla das duas modalidades pode ser o ideal.

Vale destacar que além dos pontos já mencionados, outro fator importante é como funciona sua renda: ela é fixa ou variável?

Se você tem renda variável, por exemplo, a compra semanal pode ser mais vantajosa, pois seria mais difícil planejar o orçamento mensalmente, já que o valor varia de mês a mês.

Outro ponto é que se você depende de transporte público ou carros de aplicativo, talvez não seja uma boa opção fazer compras muito grandes de uma só vez para facilitar sua locomoção do supermercado até em casa.

Em contrapartida, alguns estabelecimentos oferecem descontos atrativos para quem faz compras no atacado, sendo esta uma boa opção para quem quer economizar.

Dá para comprar alimentos não perecíveis e com bom prazo de validade em grande quantidade e deixar para repor os alimentos frescos na dispensa semanalmente.

Em resumo, é importante que você pese o que cabe dentro da sua realidade e realize experimentos, para assim decidir se a compra mensal ou semanal é melhor para você.

Agora que você já sabe quando comprar mensalmente ou semanalmente, confira 8 dicas para economizar em casa.

Colaboração: Letícia de Jesus